Por Que Não, Amiga?: Empoderamento Feminino Para e Pelo Esporte Num Contexto de Pandemia
Por Luciana Ruela Scarin Cardozo (Autor), Mario Augusto Silveira (Autor), Raquel Regina Rocha (Autor), Vivian Maria Shoji (Autor).
Em III Congresso Internacional de Pedagogia de Esporte - CONIPE
Resumo
Introdução: Num cenário de pandemia, com medidas de isolamento social e restrições sanitárias, para o Sesc, alcançar o público com ações esportivas tornou-se um grande desafio. Nossa inquietação, enquanto programadores e educadoras do Sesc Pompeia, consistia em como poderíamos usufruir deste período para instrumentalizar meninas e mulheres para a prática esportiva, viabilizando acesso democrático e promovendo seu desenvolvimento integral. Objetivo: Provocar reflexões sobre o espaço das mulheres no esporte, as convenções sociais e os fatores extrínsecos e intrínsecos que ainda afastam meninas e mulheres do esporte. Sendo o Sesc uma instituição que busca democratizar e difundir o acesso ao esporte, cultura e lazer, neste projeto, buscamos oferecer ferramentas que pudessem facilitar a futura prática esportiva feminina dentro das quadras, através de conteúdos teóricos e práticos que pudessem ser consumidos no período de isolamento e também posterior a ele. Desenvolvimento: Promovemos quatro bate-papos transmitidos pelo Youtube do Sesc Pompeia com ênfase em modalidades esportivas que consideramos predominantemente masculinas (futebol, esportes ao ar livre, basquete e lutas) com a participação de mulheres representativas nas modalidades, como atletas, jornalistas, acadêmicas, integrantes de coletivos femininos. Paralelamente, elaboramos minisséries virtuais, veiculadas pelo Instagram do Sesc Pompeia, com o intuito de ensinar fundamentos básicos das modalidades abordadas e dar dicas relativas ao universo feminino para as iniciantes e, finalmente, conversas ao vivo, também no Instagram, abordando temas transversais relevantes (carreira profissional, comunicação não violenta, antropologia, neurociência). Sugestões: No momento em que nos encontrávamos, as ações virtuais eram a única ferramenta disponível para a difusão do esporte de meninas e mulheres. Buscamos uma sensibilização do público-alvo para, posteriormente, implementarmos ações práticas presenciais como legado e que pudessem validar e legitimar a relevância dos temas abordados. O material produzido pelo projeto é atemporal e formativo, podendo ser reproduzido em contextos de projetos que tenham objetivo comum ao nosso.