Por uma política institucional de memória: (auto)críticas e contribuições do gtt memórias da educação física e esporte
Por Sergio Roberto Chaves Junior (Autor), Gustavo Silva Freitas (Autor), Eliana Toledo (Autor), Bruno Duarte Rei (Autor).
Parte de 25 anos dos GTTS do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: trajetórias e perspectivas . páginas 17 - 32
Resumo
O mote desta obra é a celebração dos 25 anos dos Grupos de Trabalho Temático (GTTs) do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte (CBCE). Em novembro de 2022, por razão do jubileu desse marco, foi realizado o “Simpósio Nacional do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte: 25 anos dos Grupos de Trabalho Temático” nas dependências da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade Federal de Minas Gerais (EEFFTO/UFMG), em Belo Horizonte-MG. O evento contou com reuniões ampliadas dos GTTs, mesas redondas e sessões com apresentações de comunicações orais, as quais tematizaram questões relacionadas às trajetórias dos GTTs, às análises de suas produções e às possibilidades de articulações entre eles. Dentre os quase 20 trabalhos apresentados, percebemos um conjunto significativo de esforços para buscar compreender as ações realizadas ao longo dos últimos anos, por meio de balanços, críticas, reflexões, projeções e proposições do futuro próximo da entidade, assim como de sua comunidade de pesquisadores e pesquisadoras. Esse movimento de “olhar para si e para o nós” motivou a presente obra, para a qual o GTT Memórias da Educação Física e Esporte3 despendeu esforço coletivo na produção deste texto. Partimos de uma motivação interna ao GTT: o fato de ser inerente a quem busca compreender os processos históricos, a organização e a preservação dos documentos, para que possam ser mobilizados e problematizados por meio das pesquisas e das produções do conhecimento histórico. Nos encontros para a elaboração deste texto, perguntávamo-nos: que políticas institucionais de memória possuímos no CBCE? Que “lugares de memória” (NORA, 1993) temos constituídos no e pelo CBCE? Que lugares de encontros e desencontros de nossas memórias individuais e coletivas, ou seja, de nossa “comunidade afetiva” (HALBWACHS, 1990), temos consolidados como referências para nossas produções de conhecimento? Se partirmos do pressuposto de que os exercícios de organização e preservação documental são parte fundamental para a produção de nossa história, é certo que as iniciativas pontuais não costumam ser suficientes. Tal juízo pode ser confirmado com base nas dificuldades de localização e mobilização documental das mais diferentes ordens enfrentadas recentemente por pesquisadores e pesquisadoras de nosso GTT na produção dos mapeamentos e análises, devidamente explorados a seguir.