Por Uma Teoria da Prática
Em Motus Corporis v. 3, n 2, 1996. Da página 73 a 127
Resumo
INTRODUÇÃO
Vou estabelecer inicialmente um debate com autores que, nos últimos anos, e no meu exclusivo julgamento, contribuíram significativamente para a constituição de uma teoria da Educação Física de matizes brasileiras, com proposições bastante criativas e desafiadoras à inteligência. São eles: Bracht (1993), Tani (1988,1989), Lovisolo (1994) e Kolyniak Filho (1994, 1995a 1995b). Depois, apresentarei minha própria proposta, que já se esboçará embrionariamente na primeira parte.
A discussão acadêmica no âmbito da Educação Física sempre foi presa fácil dos dualismos: Educação Física versus esporte; esporte versus jogo; teoria versus prática, etc. A sofisticação teórica dos últimos anos superou alguns idealismos e ingenuidades da década de 80, mas gerou uma nova "macro-dicotomia", que detecto na divisão dos atuais discursos sobre a Teoria da Educação Física em duasgrandes matrizes: uma, que vê a Educação Física como área de conhecimento científico; outra, que a vê como prática pedagógica.