Possibilidades de práticas gímnicas para todos(as)
Por Laurita Marconi Schiavon (Autor), Vilma Leni Nista-Piccolo (Autor).
Parte de (Des)encontro de gêneros na ginástica: corpo, educação, formação profissional e esporte . páginas 85 - 102
Resumo
Este capítulo visa discutir sobre as diferentes práticas ginásticas como conhecimento a ser desenvolvido e a integração de meninos e meninas nas aulas de Educação Física. As diversas possibilidades gímnicas são, às vezes, reduzidas e ou generalizadas, tanto pelo olhar das crianças e dos(as) adolescentes, como pela interpretação de familiares e professores(as). Isso pode acontecer por conta de uma influência midiática (programas, notícias de esporte em jornais, televisão e internet) atuando no imaginário coletivo. Como exemplo disso, podemos citar as modalidades que têm recebido destaque na mídia esportiva brasileira, nos últimos anos, a Ginástica Artística Feminina, a Ginástica Artística Masculina19 e a Ginástica Rítmica. A partir deste contexto, as crianças podem imaginar a prática da Ginástica, desenvolvendo maior interesse, gosto, possíveis medos, admirações e conceitos (ou preconceitos) sobre esta vivência esportiva. Enquanto crianças sonham, imaginando-se na execução de “piruetas” em cima dos aparelhos, outras se amedrontam com a dificuldade dos exercícios. Vários(as) familiares e professores(as) interpretam essas modalidades como práticas inacessíveis, pela complexidade das execuções acrobáticas no ar; outros, mais ousados, idealizam seus(suas) filhos(as) praticando Ginástica como futuros(as) campeões e campeãs. Portanto, a partir do que a mídia divulga, muitos(as) generalizam ou reduzem essas manifestações gímnicas como única forma de expressão da Ginástica.