Predição da Performance de Corredores de Endurance Por Meio de Testes de Laboratório e Pista
Por Kristopher Mendes de Souza (Autor), Ricardo Dantas de Lucas (Autor), Talita Grossl (Autor), Vitor Pereira Costa (Autor), Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 16, n 4, 2014. Da página 465 a 474
Resumo
Os objetivos deste estudo foram: determinar e comparar índices fisiológicos obtidos em teste de laboratório e pista (teste de pista da Universidade de Montreal - UMTT)
em corredores de endurance; analisar a capacidade de predição do VO2 max, vVO2 max e LAn determinados no laboratório e no UMTT para a performance nas distâncias de
1.500 m, 5.000 m e 10.000 m; analisar os efeitos da distância da prova na relação entre os índices fisiológicos VO2 max, vVO2 max e LAn com a performance. Participaram deste estudo, 10 corredores moderadamente treinados que realizaram os seguintes testes: provas simuladas nas distâncias de 10.000 m, 5.000 m e 1.500 m; dois testes incrementais máximos (laboratório e pista) para determinar os índices VO2 max, vVO2 max e LAn. Não houve diferenças significativas entre o VO2 max, vVO2 max e LAn determinados em ambos os protocolos. De acordo com a análise de regressão múltipla, referente ao teste de laboratório, a vVO2 max foi a única variável selecionada para explicar a performance nas provas de 1.500 e 5.000 m (62 e 35%, respectivamente). Do mesmo modo, dentre as variáveis determinadas no UMTT, somente a vVO2 max explicou a performance nestas distâncias (78 e 66%, respectivamente). Por outro lado, o LAn determinado no laboratório e no UMTT explicou 38 e 52% da performance nos 10.000 m, respectivamente. Pode-se concluir que a predição da performance aeróbia de corredores de endurance moderadamente treinados, a partir do VO2 max, vVO2 max e LAn, determinados em laboratório e no UMTT, é dependente da distância da prova analisada.