Preparação psicológica na ginastica rítmica: ciclo olímpico 2012-2016
Por Lenamar Fiorese (Autor).
Em XVII Congresso Brasileiro e X Congresso Internacional de Psicologia do Esporte
Resumo
A Ginástica Ritmica (GR) brasileira desde sua primeira participação nos Jogos Olimpicos de Sydney-2000 até os Jogos Olímpicos do Rio-2016, teve grande crescimento tanto em apoio estrutural (Implantação do Centro de Treinamento da seleção brasileira de GR em Aracaju-SE, com apoio de uma equipe multiprofissional) e financeiro (auxilio de bolsa-atleta em função dos resultados conquistados); o que refletiu nos resultados conquistados em competições internacionais (copa do mundo, mundiais e olimpíadas). Para o ciclo olímpico 2012-2016 foi realizada seletiva no Centro de treinamento de GR em Aracaju-SE, as atletas foram selecionadas após avaliação de uma equipe multiprofissional (médico, fisioterapeuta, nutricionista, psicóloga, técnicas e professora de balé). O planejamento da preparação psicológica foi feito em função das competições que ocorriam anualmente e sempre era realizada em quatro etapas: Contato inicial; levantamento das necessidades; programa de intervenção e avaliação dos resultados. O contato inicial era a primeira etapa, realizada sempre que as atletas retornavam das férias (inicio do ano), era feita apresentação da comissão técnica e cada área apresentava em que consistia o trabalho. Na segunda etapa de levantamento das necessidades da equipe e das atletas, eram realizadas observações sistemáticas em treinamentos, aplicação de testes psicométricos e entrevistas. O programa de intervenção, terceira etapa, envolvia sessões de dinâmicas de grupo, tendo como foco principal os pontos levantados na segunda etapa (os principais foram: motivação, controle da atenção, controle emocional, comunicação interpessoal e intrapessoal); além de atendimentos individuais visando atender as necessidades de cada atleta (os principais foram: autoconfiança, atitude vencedora, tomada de decisão, concentração, estresse, atenção e percepção). Dentre as habilidades motivacionais (determinação de metas, feedback positivo, autoverbalização, superação) foram as estratégias de intervenção mais relevantes para GR. A técnica de visualização motora com e sem musica foram fundamentais para concentração das atletas para as competições. Na quarta fase, sempre era realizada a avaliação dos resultados em função dos objetivos estabelecidos para cada competição; era feito em forma de devolutiva, com relatório individual para as atletas e relatório para comissão técnica.