Resumo

Objetivo: Estimar a prevalência e identificar os fatores associados ao excesso de peso e à obesidade na população da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Câmpus Bacanga. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico de caráter transversal. Para coleta de dados, utilizou-se um questionário on-line (MAFIS) composto por 97 perguntas. Os dados foram analisados no programa estatístico SPSS, versão 23.0, por meio de frequência absoluta e relativa, para verificar os fatores associados ao excesso de peso e à obesidade. Utilizou-se o teste de Qui-quadrado com posterior montagem de modelo de regressão logística, e o nível adotado foi de 5%. Resultados: A prevalência do excesso de peso foi de 38,4%, sendo 26,9% de sobrepeso e 11,5% de obesos. Os homens apresentaram 47% maior risco ao excesso de peso (odds ratio, OR: 1,47, intervalo de confiança, IC:1,04, 2,08) e 65% maior risco à obesidade quando comparados às mulheres (OR: 1,65, IC:1,00, 2,73). Evidenciou-se também que, conforme a faixa etária avança, maior é o risco do excesso de peso e obesidade. Em relação aos comportamentos alimentares, quanto maior foi o consumo de refrigerantes ou bebidas açucaradas, maior foi o risco do excesso de peso e obesidade. Quem não consome bebidas alcoólicas apresentou maior risco ao excesso de peso comparados a quem consome (OR:1,56, IC: 1,10, 2,20). Quanto ao nível de atividade física, não ser fisicamente ativo aumentou o risco de obesidade em 67% (OR: 1,67, IC: 1,00-2,77). Conclusão: Os resultados do estudo demonstraram prevalências altas de excesso de peso e obesidade na amostra, assim como evidenciaram a necessidade de melhorar os comportamentos relacionados à saúde. Seriam de grande valia estratégias para a promoção de atividade física e redução da massa corporal por meio de mudanças que visem desenvolver hábitos de vida mais saudáveis na comunidade acadêmica

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