Prevalência e Fatores Associados a Menores Níveis de Prática de Atividades Físicas no Lazer em Estudantes de Uma Universidade Pública do Estado da Bahia
Por Thiago Ferreira de Sousa (Autor), Markus Vinícius Nahas (Autor).
Em Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde - RBAFS v. 16, n 4, 2011.
Resumo
O objetivo foi estimar a prevalência e os fatores associados à prática de atividades físicas no lazer em menores níveis em estudantes de uma universidade pública do Estado da Bahia. Este estudo foi reali¬zado com uma amostra representativa de estudantes de uma universidade pública do Estado da Bahia matriculados no segundo semestre de 2010 em cursos de graduação. A amostra foi estratificada e proporcional aos cursos, perío¬do de estudo e ano de ingresso na universidade, sendo os sujeitos selecionados aleatoriamente em cada estrato. O desfecho deste estudo foi o comportamento menos ativo no lazer (≤149 minutos/semana). As variáveis independentes foram os indicadores sócio-demográficos e de vínculo com a universidade. As análises dos dados foram realizadas no programa Stata (versão 11.0) e empregou-se a Razão de Prevalência como medida de associação, por meio da regressão de Poisson. A prevalência de homens menos ativos no lazer foi de 49,1% (IC95%: 44,6-53,7) e de mulheres 77,9% (IC95%: 74,5-81,3). Apresentaram maiores chances de comportamentos menos ativo no lazer os homens que ingressaram em 2008 e do Departamento de Letras e Artes, e as mulheres com carga horária de 30 a 39 horas/semana em estágio/trabalho e pertencentes ao Departamento de Ciências da Educação. Homens e mulheres de áreas de estudo não relacionadas à saúde, assim como homens com três anos de vivência acadêmica e mulheres com atividades ocupacionais estavam mais propensos a menores níveis de prática de atividades físicas no lazer. Esses grupos devem ser priorizados em programas de promoção da atividade física na Universidade.