Prevalência de Incontinência Urinária em Mulheres do Curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina, Campus Tubarão
Por Luiz Affonso Pensin (Autor), Gregório Wrublevski Pereira (Autor), Juliano Delgado Fransozi (Autor), Lucas Pensin (Autor), Soraya Lamim Bello (Autor), Sandro Polidoro Berni Brum (Autor).
Em Arquivos Catarinenses de Medicina v. 41, n 4, 2012. Da página 42 a 46
Resumo
Este trabalho avaliou a prevalência de incontinênciaurinária em mulheres graduandas do curso de Educação Física da Universidade do Sul de Santa Catarina (UNISUL), campus Tubarão, em 2001, através de um estudo com delineamento transversal. A coleta de dados procedeu--se através do “International Consultation on Incontinence Questionnaire – Short Form” (ICIQ-SF) traduzido e validado em português. As variáveis foram analisadas através do SPSS 15.0, pelo método do qui-quadrado de Pearson ou ANOVA, quando apropriados. Considerou-se significativo o resultado quando p < 0.05. De um total de 110 entrevistadas e 39 (35,5%) referiram incontinência urinária; destas, 16,4% relataram perda 1 vez na semana, 10.9% queixaram-se de perdas diversas vezes ao dia, 4,5% perdem urina entre duas e três vezes na semana e 3,6% das participantes referiram perda urinária diária. Encontrou-se associação significativa (P <0,0001) entre atividade física e o fato de perder urina, sendo que o atletismo foi a atividade física mais associada, assim como houve relação significativa (P = 0,001) entre frequência de atividade física e queixas de escape urinário. Sendo assim, o estudo demonstrou que até mesmo mulheres jovens e aparentemente saudáveis podem ter sintomas de perda urinária quando submetidas a um estímulo desencadeante: no caso, o exercício físico. O trabalho apresentou uma prevalência de incontinência urinária significativa e semelhante a outros estudos encontrados na literatura nacional e internacional.