Processos educativos da convivência em um grupo terapêutico de um centro de atenção psicossocial.
Por Camila de Carvalho Cordeiro Portella (Autor).
Em IX Colóquio de Pesquisa Qualitativa em Motricidade Humana
Resumo
A importância de realizar pesquisas em instituições do Sistema Único de Saúde (SUS) se dá por permitir compreender seu funcionamento, suas potencialidades e fragilidades, a partir das quais pode-se propor transformações, além de promover a disseminação de informações condizentes com a realidade dos serviços e facilitar o acesso por toda a população. O interesse pela pesquisa no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), que se destaca como um serviço que oferece cuidado a pessoas em sofrimento psíquico intenso, originou-se do fato de eu já conhecer este serviço e pela vontade de compreender o funcionamento dos grupos terapêuticos nessas instituições. Assim, este estudo tem o objetivo de compreender os processos educativos decorrentes da prática social de convivência de um grupo terapêutico de pessoas com transtornos depressivos, pacientes de um CAPS de um município do interior do estado de São Paulo, no Brasil. Partimos da compreensão de processos educativos como saberes e aprendizagens inerentes e decorrentes de práticas sociais situadas em ambientes não escolares e escolares. A pesquisa foi autorizada pela equipe e pelas pacientes do CAPS por meio de assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Trata-se de um trabalho realizado na disciplina “Estudos em Práticas Sociais e Processos Educativos I”, do Programa de Pós-Graduação em Educação, em que foram tomados todos os cuidados éticos e houve orientação e supervisão dos professores, não havendo submissão ao Comitê de Ética em Pesquisa. Foram realizados quatro encontros com este grupo, os quais foram registrados, em diário de campo, instrumento que permite revelar muitos detalhes e dimensões da realidade social pesquisada.