Profissionalismo e Decadência: a História Se Repete?
Por Célia Maria Couto Correia (Autor), Sílvia Maria Agatti Lüdorf (Autor).
Em Revista de Educação Física - Centro de Capacitação Física do Exército, n 124, 2000. Da página 4 a 10
Resumo
As atividades físicas eram muito valorizadas na Grécia antiga, constituindo parte de seu programa educativo. Pode-se dizer que a sistematização da educação física e do esporte são originárias dos gregos, daí sua importância histórica. Dentre os jogos competitivos que eram realizados, destacavam-se os Jogos Olímpicos, em virtude de sua abrangência, importância e permanência através dos séculos. O profissionalismo surge como necessidade de dedicação exclusiva para se alcançar a vitória. Entretanto, com o seu advento, observa-se a decadência do esporte, pois passa-se a valorizar mais o dinheiro e o resultado, do que propriamente os benefícios físico-educativos. Nas eras modernas e contemporânea, o desporto acaba por firmar-se como um dos maiores fenômenos sociais. O esporte-espetáculo praticamente domina o panorama esportivo, alastrando a sua filosofia de rendimento e de lucro na sociedade. O profissionalismo entra novamente em cena, agora, porém, com muito mais força. O atleta é tratado como mercadoria e seu valor é estipulado de acordo com o retorno financeiro que trará, por meio da mídia e da venda de produtos. Traçando um paralelo com a civilização grega, vemos que a história se repete, pois os valores formativos do esporte estão sendo deixados de lado em troca de interesses financeiros, o que pode significar o início de um processo de decadência do esporte, como o que ocorreu na Antiguidade.
Integra