Resumo

O objetivo desta dissertação foi investigar as propriedades psicométricas da Escala de Esperança Disposicional (EED) para o contexto esportivo brasileiro. O presente trabalho foi dividido em duas partes: Estudo 1 que compreendeu a revisão sistemática referente a temática esperança no contexto esportivo; e o Estudo 2 que foi referente ao processo de validação da EED no esporte. O Estudo 1 teve como objetivo conduzir uma revisão sistemática da literatura sobre a esperança no contexto esportivo verificando sua influência no processo psicológico de atletas. A revisão foi composta por trabalhos que abordaram a esperança no contexto esportivo. Seguindo as diretrizes do PRISMA (Preferred Reporting Items for Systematic Review and Meta-Analyses), 24 artigos foram levantados e analisados por meio da metassumarização, análise de conteúdo e metanálise. A maioria dos estudos abordaram a esperança em conjunto com a motivação e o desempenho. Burnout, afeto negativo e medo apresentaram relação negativa com a esperança, já um grupo de estudos sobre habilidades positivas, apresentou relação positiva com a esperança. Categorias foram criadas referente a associação da esperança com as variáveis, sendo: desempenho, motivação, auto percepção, estratégias de coping, sentimentos, estresse e intervenção, verificando que quase todas as variáveis possuem correlação positiva com a esperança, com exceção as variáveis do grupo estresse. Concluiu-se que a esperança apresenta relação positiva ao processo psicológico de atletas, favorecendo o desempenho esportivo e evidenciando o baixo número de pesquisas sobre a relação esperança esporte. O Estudo 2 teve como objetivo analisar as propriedades psicométricas da EED no contexto esportivo. Para isso, participaram atletas adultos do sexo masculino e feminino de modalidades tanto coletivas como individuais, participantes da fase final dos Jogos Abertos do Paraná (JAP's) do ano de 2015. Como instrumentos, foi utilizada a EED e a Escala de Autoestima de Rosenberg. O estudo foi dividido em três etapas (confiabilidade e validade de construto; validade interna; e validade externa e estabilidade temporal). Os resultados evidenciaram que a EED apresentou consistência interna satisfatória; modelo de dois fatores na AFE; estrutura fatorial de segunda ordem comprovada pela AFC; correlações positivas com a autoestima; assim como estabilidade temporal da escala. Concluiu-se que a EED apresenta valores satisfatórios de adequabilidade e que é um instrumento válido para avaliação da esperança no contexto esportivo.

Acessar Arquivo