Qualidade de Vida e Autoeficácia em Atletas Brasileiros de Voleibol de Rendimento
Por Lenamar Fiorese (Autor), Sidney Luciano Papke (Autor), José Roberto Andrade do Nascimento Junior (Autor), Guilherme Moraes Balbim (Autor), Paulo Vitor Suto Aizava (Autor).
Resumo
Este estudo investigou a associação entre a qualidade de vida (QV) e a autoeficácia de atletas de voleibol de alto rendimento. Participaram da pesquisa 86 atletas de nível municipal, estadual e nacional. Como instrumentos foram utilizados a Escala de Auto Eficácia Geral Percebida e o Formulário Curto Para
Pesquisa em Saúde (SF-36). Na análise dos dados, utilizou-se o teste de Kolmogorov Smirnov, Kurskal-Wallis, Friedman e Qui-quadrado (p<0,05). Os resultados evidenciaram que os atletas apresentaram boa QV, entretanto, não houve diferença signifi cativa em função do nível competitivo (p>0,05). Ao comparar a QV intragrupos, o domínio que mais se destacou em todos os grupos foi a capacidade funcional (p<0,05). Em relação à faixa etária, verificou-se que os atletas mais velhos apresentaram maior limitação por aspectos físicos em comparação aos adultos jovens (P<0,05), os quais por sua vez demonstraram menor QV em relação à dor em comparação com os jovens atletas (p<0,05). Os domínios de Vitalidade, Aspectos sociais e Limitação por aspectos emocionais da QV apresentaram associação com o alto nível de autoeficácia (p<0,05). Concluiu-se que o contexto de alto rendimento do voleibol brasileiro pode ser considerado um ambiente propulsor de QV para os atletas, além do que a autoeficácia é um elemento interveniente na QV de atletas de voleibol de alto rendimento.
REFERÊNCIAS
Spengler S, Woll A. The more physically active, the healthier? The relationship between physical activity and health--related quality of life in adolescents: the MoMo study. J Phys Act Health. 2013;10:708-715.
Iulia-Doru T, Maria T. Leisure sports activities impact on adults personal development and quality of life. Procedia Soc Behav Sci. 2013;84:1090-1094.
Kenneth CL, Alison RSV, Bay RC, McLeod TCV. A unique patient population? Health-related quality of life in adolescent athletes versus general, healthy adolescent individuals. J Athl Train. 2013;48(2):233-241.
Gaskin CJ, Morris T. Physical activity, health-related quality of life, and psychosocial functioning of adults with cerebal palsy. J Phys Act Health. 2008;5(1):146-157.
Moreira NB, Vagetti GC, Oliveira V, Campos W. Association between injury and quality of life in athletes: a systematic review, 1980-2013. Apunts Med. Esport. 2014;49:123-38.
Viana DFW, Mezzaroba C. O esporte de rendimento faz mal à saúde? Uma análise das atletas da seleção brasileira de ginástica rítmica. Motriviv. 2013;25(41):190-205.
Porto DB, Guedes DP, Fernandes RA, Reichert FF. Perceived quality of life and physical activity in Brazilian older adults. Motri. 2012;8:33-41.
Heath GW, Brown DW. Recommended levels of physical activity and health related quality of life among overweight and obese adults in the united states, 2005. J Phys Act Health. 2009;6:403-411.
Amela D, Aalen D, Llvana H, Esad P. Relationship between quality of lifeand physical activities in relation to the tobacco smoking habits. Homo Sporticus. 2012;14:11-14.
Ashford S, Edmunds J, French DP. What is the best way to change self-efficacy to promote lifestyle and reacreational physical activity? A systematic review with meta-analysis. Br J Health Psychol. 2010;15:265-288.
Bandura A, Azzi RG, Polydoro SAJ. Teoria Sócio Cognitiva: conceitos básicos. São Paulo: Artmed; 2008.
De Pero R, Mingati C, Pesce C, Capranica L, Piacentini MF. Th e relationships between pre-competitive anxiety self--effi cacy and fear of injury in elite team gym athletes. Kinesiology. 2013;45(1):63-72.
Tayama J, Yamasaki H, Tamai M, Hayashida M, Shirabe S, Nishiura K, et al. Effect of base-line self-efficacy on physical activity and psychological stress after a one-week pedometer intervention. Percept Mot Skills. 2102;114(2):407-418.
Feltz DL, Short SE, Sullivan PJ. Self-effi cacy theory and application in sport. Champaign, IL: Human Kinetics; 2008.
Vieira LF, Teixeira CL, Vieira JLL, Filho AO. Autoefi cácia e nível de ansiedade em atletas jovens do atletismo paranaense. Rev Bras Cineantropom Desempenho Hum. 2011;13(3):183-188.
Barkoukis V, Koidou E, Tsorbatzoudis H. Effects of a motivational climate intervention on state anxiety, self-efficacy, and skill development in physical education. Eur J Sport Sci. 2010;10(3):167-177.
Willemse M, Smith MR, Van Wyk SB. The relationship between self-efficacy and aggression in a group of adolescents in the peri-urban town of Worcester, South Africa: implications for sport participation. Afr J Phys Health Educ Recreat Dance. 2011;(Suppl):90-102.
Merritt CJ, Th arp IJ. Personality, self-efficacy and risk-taking in parkour (free-running). J Sport Exerc Psychol. 2013;14: 608-611.
Huang L, Li L, Zhang Y, Li H, Li X, Wang H. Self-efficacy, medication adherence, and quality of life among people living with HIV in Hunan Province of China: a questionnaire survey. J Assoc Nurses AIDS Care. 2013;24:145-153.
Souza I, Souza MA. Validação da escala de autoefi cácia geral percebida. Revista Univ Rural Série Ciências Humanas. 2004;26(1-2):12-17.
Ciconelli RM, Ferraz MB, Santos W, Meinão I, Quaresma MR. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol. 1999;39(3):143-150.
Roeder MA. Atividade física, Saúde mental e qualidade de vida. Rio de Janeiro: Shape; 2003.
Stefanello JMF. Treinamento de competências psicológicas: em busca da excelência esportiva. Barueri: Editora Manole; 2007.
Gomes SS, Miranda R; Bara Filho MG; Bandão MRF. O fluxo no voleibol: relação com a motivação, autoeficácia, habilidade percebida e orientação às metas. Rev Educ Fís UEM. 2012;23(3):379-387.
Cheung, RTH; Zhang, Z; Ngai, SPC. Different relationships between the level of patellofemoral pain and quality of life in professional and amateur athletes. PMR. 2013;5(7):568-572.
Noce F, Costa VT, Simim MAM, Castro HO, Samulski DM, Mello MT. Análise dos sintomas de overtraining durante os períodos de treinamento e recuperação: estudo de caso de uma equipe feminina da Superliga de Voleibol 2003/2004. Rev Bras Med Esporte. 2011;17:397-400.
Huffman GR, Park J, Roser-Jones C, Sennet, BJ, Yagnik G, Webner D. Normative SF-36 values in competing NCAA intercollegiate athletes differ from values in the general population. J Bone Joint Surg Am. 2008; 90(3):471-476.
Kuehl M, Snyder, A, Erickson SE, McLeod, TV. Impact of prior concussions on health-related quality of life in collegiate athletes. Clin J Sport Med. 2010;20(2):86-91.
Brandt R, Liz CM, Crocetta TB, Arab C, Bevilacqua G, Dominski FH, et al. Saúde mental e fatores associados em atletas durante os jogos abertos de Santa Catarina. Rev Bras Med Esporte. 2014;20(4):276-280.
Silva EM, Rabelo I, Rubio K. A dor entre atletas de alto rendimento. Rev Bras Psicol Esporte. 2010;3(4):79-97.