Resumo

Uma introdução: futebol e magia

Tai, eu fico um pouco cansado do equívoco daqueles que visualizam a luta política como vinculada apenas a fatores do campo econômico e social. Desde Marx os “símbolos” já eram vistos como elementos que desempenhavam uma função significativa na história da luta de classes. Há na obra do autor de O Capital elementos que comprovam que ele era atento à riqueza contraditória no campo do imaginário.

Como vamos tratar do futebol, um esporte regrado na Inglaterra é preciso estar atento. Benedict Anderson conceituou a nação como “comunidade política imaginada”. E quais seriam os elementos constitutivos e sedimentados da nação brasileira que não o futebol e a música popular brasileira?

Um esporte de elite, inglês, desembarcado no eixo Rio-São Paulo em malas europeias, que em um curto espaço de tempo foi reinventado e incorporado pelas classes populares brasileiras, consolidando-se ao lado do samba como um dos pilares centrais de nosso incipiente Estado-Nação.

O futebol foi responsável pela “Queda da Bastilha” dos clubes aristocráticos, tecendo uma relação mítica na qual a torcida incorpora o próprio clube, agora time.

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