Resumo

Introdução: Através de uma retrospectiva histórica da Educação Física escolar (EFE), percebe-se que as práticas focadas na técnica e no desempenho se tornaram segregadoras em relação aos menos habilidosos e com o gênero feminino. Com as abordagens atuais da Pedagogia do Esporte há a tentativa de ruptura com esta forma de ensinar. Como alternativa, o modelo Sport Education (SE) tem como princípio promover uma experiência autêntica aos alunos e por meio de diversos papeis esportivos, valorizar a diversidade e inclusão nas aulas. Objetivo: Analisar como o SE influencia as questões de gênero presentes em aulas de Educação Física escolar no Ensino Médio Metodologia: De caráter qualitativo e longitudinal, os dados foram produzidos por um projeto de extensão vinculado à Universidade Estadual Paulista em parceria com uma escola pública de Ensino Médio do interior do Estado de São Paulo por três anos (2017 a 2019). Dois instrumentos de pesquisa foram utilizados: diários de campo e grupos focais. A análise foi realizada por meio de uma técnica de pesquisa denominada de categorias de codificação. Resultados: Encontraram-se questões relacionadas ao equilíbrio entre as equipes, meninas com medo de algumas práticas esportivas, contudo, participando das aulas em outros papéis. Percebeu-se também a diferença de habilidades entre meninos e meninas, muito pela cultura esportiva de vivenciar aulas no modelo tradicional. Negativamente, os casos de desrespeito dos meninos para com as meninas foram identificados e justificados por questões biológicas. Outras problemáticas das aulas de EFE foram observadas, como a evasão e a competição excessiva. Conclusão: O SE se mostrou como uma possibilidade de inclusão das meninas, devido às características de a filiação e vivencia de diferentes papéis do cenário esportivo, que fizeram os estudantes refletirem sobre algumas questões sociais. As exclusões, uma limitação, não foram zeradas, contudo, diminuídas pelas oportunidades do modelo

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