Resumo

INTRODUÇÃO

A recreação e o lazer têm relação histórica com a Educação Física brasileira (EF), notadamente pelas experiências institucionais recreativas, no Brasil do início do século XX, caracterizadas como atividades de recreação a fim de preencher o tempo de lazer das crianças, adolescentes, adultos e idosos (Gomes, 2003; Gomes & Elizalde, 2012; Serejo et al., 2017) Internamente a essas iniciativas, havia a oferta de diversas práticas corporais tais como ginásticas, jogos, brincadeiras e esportes, cabendo aos egressos de EF atuar com essas práticas, o que impactou na entrada da recreação e do lazer na formação. Não por acaso, esses termos passaram a constar nos currículos que compunham os cursos de EF vigentes na segunda metade do século XX, com disciplinas denominadas “recreação” (Serejo et al., 2017) e posteriormente “lazer” (Serejo & Isayama, 2018, 2019).

Referências

Almeida, E. F. de, & Silva, W. J. L. (2014). Contribuição à crítica da formação de professores de Educação Física: em defesa da licenciatura ampliada. Motrivivência, 26(43), 104–117.

Alves, C. A., & Figueiredo, Z. C. C. (2014). Diretrizes curriculares para a formação em Educação Física: camisa de força para os currículos de formação? Motrivivência, 26(43), 44.

Amaral, S. C. F. (2001). Lazer/Recreação: estudos de memória na cidade de Porto Alegre - uma proposta em andamento. Licere, 4(1), 109–123.

Aquino, C. A. B. (2010). Ócio, lazer e tempo livre na sociedade do consumo e do trabalho. Revista Mal-Estar e Subjetividade, 7(2), 479–500.

Azevedo, Â. C. B. de, & Malina, A. (2004). Memória do currículo de formação profissional em Educação Física no Brasil. Revista Brasileira de Ciências Do Esporte, 25(2), 129–142.

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo (6th ed.). Edições 70.

Benites, L. C., Neto, S. de S., & Hunger, D. (2008). O processo de constituição histórica das diretrizes curriculares na formação de professores de Educação Física. Educacao e Pesquisa, 34(2), 343–360.

Bracht, V. (2005). Pesquisa (ação) e prática pedagógica em Educação Física. Paidéia.

BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular (2021). Brasília, DF. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/. Acesso em: 12 abr. 2021.

BRASIL. Parecer nº 894/69 de 2 de dezembro de 1969 (1969). Aprova o currículo mínimo de educação física. Brasília, DF.

BRASIL. Parecer nº 215/87 de 11 de março de 1987 (1987). Reestruturação dos cursos de graduação em Educação Física, sua nova caracterização, mínimos de duração e conteúdo. Brasília, DF.

BRASIL. Parecer CNE/CES nº 58/04 de 18 de fevereiro de 2004 (2004). Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física. Brasília, DF.

BRASIL. Parecer CNE/CES nº 584/18 de 3 de março de 2018 (2018). Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Educação Física. Brasília, DF. BRASIL. Resolução nº 69 de 2 de dezembro de 1969 (1969). Currículo mínimo de educação física. Brasília, DF.

BRASIL. Resolução nº 3 de 16 de junho de 1987 (1987). Fixa mínimo de conteúdo e duração a serem observados nos cursos em graduação em Educação Física (Bacharelado e/ou Licenciatura Plena). Brasília, DF.

BRASIL. Resolução nº 7 de 31 de março de 2004 (2004). Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para os cursos de graduação em Educação Física, em nível superior de graduação plena. Brasília, DF.

BRASIL. Resolução nº 6 de 18 de dezembro de 2018 (2018). Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Educação Física e dá outras providências. Brasília, DF.

Camargo, L. O. de L. (1998). Educação para o lazer. Moderna.

Cavalcante, F. R., & Lazzarotti Filho, A. (2021). O lazer nos currículos dos cursos de Educação Física: diversidades e tendências. Movimento (Porto Alegre), 27, ... https://doi.org/https://doi.org/ 10.22456 / 1982-8918.114216

Creswell, J. W. (2007). Projeto de pesquisa: Métodos qualitativo, quantitativo e misto (2nd ed.). Artmed.  

De Masi, D. (2000). O ócio criativo. Sextante. Feix, E., & Goellner, S. V. (2008). O florescimento dos espaços públicos de lazer e de recreação em porto alegre e o protagonismo de frederico guilherme gaelzer. Licere, 11(3), 1–18.

Filippis, A. de, & Marcellino, N. C. (2013). Formação profissional em lazer, nos cursos de Educação Física, no Estado de São Paulo. Movimento (ESEFID/ UFRGS), 19(3), 31–56.

Fuzii, F. T., Neto, S. D. S., & Benites, L. C. (2009). Teoria da formação e avaliação no currículo de Educação Física. Motriz. Revista de Educacao Fisica, 15(1), 13–24.

Gomes, C. L. (2003). Significados de lazer e recreação no Brasil: reflexões a partir de análises de experiências institucionais. Universidade Federal de Minas Gerais.

Gomes, C. L., & Elizalde, R. (2012). Horizontes Latino-americanos do lazer. UFMG.

Gomes, R. de O., & Isayama, H. F. (2013). Lazer e formação profissional: um estudo sobre licenciatura e bacharelado em educação física. LICERE - Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 16(4), 1–29.

Isayama, H. F. (2009). Atuação do Profissional de Educação Física no âmbito do lazer: a perspectiva da Animação Cultural. Motriz. Revista de Educacao Fisica, 15(2), 407–413.

Kunz, E. (1998). Novas Diretrizes curriculares para os cursos de graduação em Educação Física: justificativa, preposições, argumentações. Revista Do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte, 20(1), 37–47.

Lemos, L. M., Veronez, L. F. C., Morschbacher, M., & Both, V. J. (2012). As contradições do processo de elaboração das diretrizes curriculares nacionais dos cursos de formação em Educação Física e os movimentos de resistência à submissão ao mercado. Movimento (ESEFID/UFRGS), 18(3), 27–49.

Maia, J. C. A., & Sacardo, M. S. (2020). A Produção Científica sobre as Diretrizes Curriculares para a Educação Física (Dcnef): determinações históricas e implicações para formação e intervenção profissional. Movimento (ESEFID/ UFRGS), 26, 01–17. https://doi.org/10.22456/1982-8918.97618

Marcellino, N. C. (2000). A ação profissional no lazer, sua especificidade e seu caráter interdisciplinar. In N. C. Marcellino (org), Lazer: Formação e Atuação Profissional (2nd ed., pp. 13–22). Papirus.

Marcelllno, N. C. (2012). Lazer e educação (17a). Papirus.

Melo, V. A. (2003). Lazer e educação física: Problemas historicamente construídos, saídas possíveis - Um enfoque na questão da formação. In C. L. G. (org) Werneck & H. F. (org) Isayama, Lazer, recreação e educação física. Autêntica.

Melo, V. A. (2006). Animação cultural. Papirus.

Melo, V. A., & Alves Júnior, E. de D. (2012). Introdução ao Lazer (2a). Manole.

Metzner, A. C., Cesana, J., & Drigo, A. J. (2016). Diretrizes Curriculares Nacionais e a Educação Física: Levantamento das produções acadêmicas e científicas dos últimos 10 anos. Pensar a Prática, 19(4), 747–757.

Moro, L. (2017). O lugar do lazer no cotidiano das aulas de Educação Física no âmbito escolar: as maneiras de fazer dos professores do município de Curitiba. Universidade Federal do Paraná.

Nascimento, O. A. dos S., Inácio, H. L. de D., & Lazzarotti FIlho, A. (2019). O lazer nos projetos pedagógicos de cursos de licenciatura em educação física no estado de Goiás. LICERE - Revista do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, 22(4), 392–414.

Pacheco, R. T. B. (2006). A escola pública e o lazer: impasses e perspectivas. In V. (org) Padilha, Dialética do Lazer (pp. 173–212). Cortez.

Pimentel, G. G. de A., & Pinto, L. M. M. (2020). Tensões e relações no GTT Lazer e Sociedade do CBCE e o lugar da recreação. In A. Tschoke, L. Lara, & P. (Orgs. . Athayde (Eds.), Ciências do Esporte, Educação Física e Produção do Conhecimento em 40 Anos de CBCE. EDUFRN.

Quelhas, Á. D. A., & Nozaki, H. T. (2008). A formação do professor de educação física e as novas diretrizes curriculares frente aos avanços do capital. Motrivivência, 26, 69–87.

Serejo, H. F. B., & Isayama, H. F. (2018). Discursos sobre Recreação em disciplinas do curso de Educação Física da UFMG (1969-1990). Licere, 21(3), 90–125.

Serejo, H. F. B., & Isayama, H. F. (2019). Discursos Sobre a Recreação: Um saber disciplinarizado na Escola de Educação Física de Minas Gerais (1963 – 1969). Movimento (ESEFID/UFRGS), 25, e25023.

Serejo, H. F. B., Maciel Júnior, M. L., & Isayama, H. F. (2017). A Recreação e o Lazer como saberes em contrução nas escolas iniciais de Educação Física de Minas Gerais (1952 a 1962). Recorde - Revista de História Do Esporte, 10(2), 1–26.

Sobrinho, J. P. sousa. (2011). Formação de professores na sociedade do capital: uma análise crítica das diretrizes curriculares nacionais para os cursos superiores de educação física DOI:10.5007/2175-8042.2011v23n36p129. Motrivivência, 36, 129–148.

Souza Neto, S. de, Alegre, A. de N., Hunger, D., & Pereira, J. M. (2004). A formação do profissional de educação física no Brasil: uma história sob a perspectiva da legislação federal no século XX. Revista Brasileira de Ciências Do Esporte, 25(2), 113–128.

Veronez, L. F. C., Lemos, L. M., Morschbacher, M., & Both, V. J. (2013). Diretrizes curriculares da educação física: Reformismo e subordinação ao mercado no processo de formação. Revista Brasileira de Ciencias do Esporte, 35(4), 809–823.

Werneck, C. L. G. (2003). Recreação e Lazer: apontamentos históricos no contexto da Educação Física. In C. L. G. Werneck, Lazer, recreação e educação física: turismo, cultura e lazer. Autêntica.

Acessar