Resumo

Este trabalho nasceu da necessidade de discutir as propostas pedagógicas voltadas a Educação Física escolar. Os Parâmetros Curriculares Nacionais foram escolhidos como nosso objeto de estudo. O objetivo geral foi desvelar as contribuições ou não dos Parâmetros Curriculares Nacionais à práxis cotidiana dos professores de Educação Física, e como objetivos específicos buscamos: a) investigar o processo de construção dos Parâmetros Curriculares Nacionais, b) analisar os avanços e retrocessos dos Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física, c) averiguar as percepções dos professores de Educação Física a respeito da influência dos organismos transnacionais na proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais, d) identificar a influência que os organismos transnacionais tiveram nas reformas educacionais desenvolvidas no Brasil dos anos 90, e) desvelar a articulação entre os organismos transnacionais e os países desenvolvidos na imposição de uma nova ordem mundial. Realizamos uma pesquisa bibliográfica nas bibliotecas da USP - São Paulo, UNESP - Rio Claro, UNIMEP - Piracicaba, e sites como portal capes, scielo, e de revistas científicas, com as palavras-chave Política Educacional, Parâmetros Curriculares Nacionais, Educação Física escolar, para delimitar as unidades de leitura, procedendo com análise textual, temática e interpretativa, seguida de problematização e conclusão dos textos, Severino (2002). Na pesquisa de campo com professores de Educação Física, utilizamos a técnica do questionário e da entrevista, as respostas foram interpretadas pela Análise de Conteúdo: técnica de elaboração e análise das unidades de significado de Moreira, Simões, Porto (2005). Concluímos provisoriamente que os Parâmetros Curriculares Nacionais foram desencadeados pelos organismos transnacionais para defender os interesses dos países desenvolvidos, alinhando o Brasil ao processo de globalização e ao projeto neoliberal. O documento da Educação Física não foi construído de forma democrática, sendo eclético e de difícil aplicação, tendo como ponto positivo o princípio da inclusão. A maioria dos professores 83,4%, pouco utiliza o documento em seu cotidiano.

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