Relação entre Ansiedade e Qualidade de Vida de Estudantes Universitários
Por Pedro Augusto Rucinski (Autor), Juliana Pazini (Autor), Carmem Eliza Singer (Autor).
Em XV Congresso Brasileiro de Atividade Física e Saúde - CBAFS
Resumo
O período da formação acadêmica acompanha muitas vezes uma mudança de vida para a adaptação ao novo contexto e relações sociais. Pode ainda envolver separação da família, autocobrança, preocupação com a futura carreira, entre outros temores, suscetíveis ao desencadeamento de sentimentos de ansiedade. A ansiedade por sua vez, pode afetar a rotina e a qualidade de vida dos acadêmicos. OBJETIVO: Analisar a relação entre níveis de ansiedade e qualidade de vida de estudantes universitários. METODOLOGIA: 138 graduandos, com idade entre 17 e 24 anos, responderam ao Inventário de Ansiedade de Beck e tiveram seus coeficientes classificados entre ansiedade mínima a grave. Adicionalmente, responderam ao questionário WHOQOL-BREF, com seus referidos domínios (físico, psicológico, relações sociais e meio ambiente). Os escores totais das ferramentas de análise foram correlacionados pelo teste de Spearman, com nível de significância adotado em p≤0,05. RESULTADOS: A maioria dos estudantes apresentou ansiedade mínima ou leve (68%), enquanto quase um terço ficou classificado como ansiedade moderada ou grave. Para qualidade de vida os percentuais variaram de 62 a 71 entre os domínios do instrumento avaliado. Ansiedade e qualidade de vida apresentaram correlação moderada inversa (ρ= -0,51), ou seja, quanto maior o nível de ansiedade, menor o índice de qualidade de vida. CONCLUSÃO: A relação entre os dados indica que intervenções para controle da ansiedade podem, em parte, acompanhar uma melhora na qualidade de vida (e vice-versa) entre estudantes universitários e, portanto, são incentivadas.