Relação Entre Composição Corporal, Percepção de Autoimagem Corporal e Risco Para Transtornos Alimentares em Atletas de Alto Rendimento
Por Ana Claudia Pelissari Kravchychyn (Autor), Cecília Segabinazi Peserico (Autor), Danilo Fernandes da Silva (Autor), Julia Pedrosa Furlan (Autor).
Em XIV Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Objetivo:
Analisar a percepção de autoimagem corporal (AIC) e o risco para transtornos alimentares (RTA) em atletas de alto rendimento, relacionando com a avaliação antropométrica.
Métodos e resultados:
Participaram 52 atletas do gênero feminino das modalidades de basquetebol, voleibol, judô, handebol e futsal caracterizadas em alto rendimento pela regularidade de competições e treinamentos. Foram aferidas massa corporal, estatura e dobras cutâneas para a determinação do Índice de Massa Corporal (IMC) para posterior classificação em baixo peso, eutrofia, sobrepeso e obesidade (OMS,1998). O percentual de gordura corporal (%G) foi determinado através da fórmula de Jackson e Pollock (1980) e as atletas foram divididas em dois grupos segundo o percentil 50 desta variável (≤23,21% e >23,21%). Foram aplicados os questionários Body Shape Questionnarie (Questionário de Imagem Corporal) - BSQ para a análise da percepção de AIC e o Eating Atittudes Test (Teste de Atitudes Alimentares) - EAT-26 que mede o RTA. Foi realizado o teste de associação Qui-quadrado de tendência e Qui-quadrado 2×2 adotado-se nível de significância p<0,05. A amostra apresentou média do IMC de 23,17 ± 3,02 kg/m2 e %G de 23,76 ± 5,34. O resultado do BSQ se associou com o IMC e com o %G (0,000 e 0,030, respectivamente) já o do EAT-26 se associou somente com o IMC (0,000).
Conclusão:
As atletas que apresentaram maiores classificações de IMC e %G foram aquelas que obtiveram resultado do BSQ e do EAT-26 apontando distorções de AIC e maior RTA.