Relação Entre Equilíbrio Dinâmico e Risco de Quedas em Idosos com Doença de Parkinson
Por Maria Joana Duarte Caetano (Autor), Carolina Rodrigues Alves Silveira (Autor), Rodrigo Vitorio (Autor), Lilian Teresa Bucken Gobbi (Autor), Maria Dilailça Trigueiro de Oliveira Ferreira (Autor), Mónica Sanchez (Autor), Ana Paula Moreira (Autor), Carolina Simões (Autor).
Em XI Congresso de Educação Física e Ciências do Desporto dos Países de Língua Portuguesa
Resumo
Introdução: A Doença de Parkinson (DP) é uma doença neurodegenerativa
caracterizada por distúrbios do movimento e instabilidade postural. Estes distúrbios
influenciam negativamente no controle do equilíbrio dinâmico predispondo, o
indivíduo com DP, a um aumento na propensão de quedas. As fraturas e lesões
decorrentes, principalmente, das quedas comprometem a autonomia e independência
do paciente, interferindo na sua qualidade de vida. Objetivo: relacionar o equilíbrio
dinâmico e risco de quedas em idosos com DP. Materiais e métodos: participaram
deste estudo 12 voluntários com DP, igualmente distribuídos quanto ao gênero, nos
estágios 1 a 3 da escala de Hoehn e Yahr, com média de idade de 69,4 ± 6,9 anos. O
teste de agilidade e equilíbrio dinâmico, recomendado pela American Alliance for
Health, Physical Education and Dance (AAHPERD) para aplicação em idosos foi
empregado como medida de equilíbrio dinâmico. A Escala de equilíbrio de Berg,
que classifica catorze tarefas com escores entre 0 a 4 (pontos), foi empregada para
inferir a probabilidade do risco de quedas. É importante ressaltar que o escore total
da escala de Berg possui uma relação inversa e não linear com o risco de quedas. Para
a análise estatística foram utilizadas a estatística descritiva (média e desvio padrão) e
o teste de correlação de Pearson, ambos com nível de significância de p<0,05.
Resultados: as médias e desvios padrão dos escores totais na Escala de Berg e do
desempenho no teste de equilíbrio dinâmico foram respectivamente: 51,25 ± 5,07
pontos e 40,53 ± 17,22 segundos. A correlação entre estas duas variáveis foi r= -
0,867 (p<0,01). Conclusão: a correlação entre o desempenho em teste de equilíbrio
dinâmico e o risco de quedas foi inversa, forte e significativa. Portanto, em idosos
com DP, quanto melhor o desempenho em equilíbrio dinâmico (menor tempo no
teste da AAHPERD), menor é a probabilidade de risco de quedas (maior escore na
escala de Berg). Este resultado evidencia a existência da relação entre o equilíbrio
dinâmico e a ocorrência de quedas. Sendo assim, o aprimoramento do equilíbrio
dinâmico, por meio da prática regular da atividade física, contribui para a diminuição
do risco de quedas, favorecendo a promoção da qualidade de vida do idoso com
DP. Agradecimentos: Fapesp, PEC-PG/Capes, PIBIC/CNPq, Capes, CNPq.