Resumo

Encontrar uma relação entre parâmetros cinéticos e metabólicos e realizar testes em nadadores fora e dentro das piscinas é uma tarefa difícil, tal mesmo pela dificuldade de aparelhos serem colocados dentro d'água e que a reprodução e os achados dentro das piscinas se validem em testes fora dela também. O objetivo deste estudo foi verificar se os parâmetros cinéticos (Força média, força pico, impulso e índice de fadiga) e parâmetros metabólicos (Vo2Máx e Pico de lactato) obtidos em teste fora da água estão relacionados com o desempenho dos nadadores dentro das piscinas em provas de 100m. Para isso, foram avaliados nadadores de ambos os sexos, com idade média de 15±4,7 anos, com tempo de natação de 6±2,7 anos, que treinam em média 6 dias por semana com duração dos treinos de 2 horas/ dia. Os parâmetros cinéticos e metabólicos foram obtidos enquanto o nadador simulava movimentos de braçada dupla, durante 60 segundos, posicionado sobre um banco de natação (swim bench) fora da piscina. As mãos dos nadadores eram presas a palmares que estavam fixados, por meio de mangueiras de látex, à células de carga de 50Kgf que registravam a força de tração com frequência de amostragem de 1000Hz. Para a análise do lactato sanguíneo, 25 μl de sangue foram coletados do lóbulo da orelha do participante em repouso e nos intervalos de 3, 5 e 7 minutos após o teste no swim bench. O volume máximo de consumo de oxigênio (Vo2Máx) foi mensurado por meio de um analisador de gases da marca Quark, modelo Cosmed-Italy, configurado para coletar amostras respiração a respiração. O desempenho do nado foi determinado pelo tempo que o atleta completou os 100m em piscina curta (25m) no estilo crawl. Para verificar a relação entre parâmetros cinéticos e metabólicos obtidos fora da água com o desempenho nos 100m, foram realizados testes de Correlação de Pearson. Nos resultados obtidos para os parâmetros cinéticos, obtivemos resultados não significativos, onde os validamos através da Correlação de Pearson, comparando os valores de cada variável obtida no teste e reteste e também nos 100m livres, onde não houve correlação significativa (p>0,05) para as variáveis de força média (r = -0,345), força pico (r = -0,193), impulso (r = -0,317) e fadiga (r = -0,173). Porém não necessariamente os atletas que tiveram os melhores tempos dentro da piscina foram os que obtiveram as melhores performances no swimming bench, evidenciando assim que há outras variáveis a serem levadas em consideração. Para os resultados dos parâmetros metabólicos (Vo2Máx e Pico de lactato) no qual também foi utilizado o método de correlação de Pearson não houve correlação significativa (p>0,05), para a medição de Pico de lactato nos instantes, repouso (r = 0,145), instante 3 minutos (r = 0,028), instante 5 minutos (r = 0,522) e instante 7

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