Relação da Potência Aeróbica Máxima e da Força Muscular com a Economia de Corrida em Atletas de Endurance
Por Luiz Guilherme Antonacci Guglielmo (Autor), Camila Coelho Greco (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 11, n 1, 2005. Da página 53 a 56
Resumo
O objetivo deste estudo foi analisar a relação da potência aeróbica máxima e da força muscular (força isotônica máxima e força explosiva de salto vertical) com a economia de corrida (EC) em atletas de endurance. Vinte e seis corredores do sexo masculino (27,9 ± 6,4 anos; 62,7 ± 4,3kg; 168,6 ± 6,1cm; 6,6 ± 3,1% de gordura corporal) realizaram, em diferentes dias, as seguintes provas: a) teste incremental para a determinação do consumo máximo de oxigênio (VO2max) e sua respectiva intensidade (IVO2max); b) teste submáximo com velocidade constante para determinar a EC; c) teste de carga máxima no leg press; e d) altura máxima de salto com contramovimento (SV). O VO2max (63,8 ± 8,3ml/kg/min) foi significantemente correlacionado (r = 0,63; p < 0,05) com a EC (48,0 ± 6,6ml/kg/min). Por outro lado, a IVO2max (18,7 ± 1,1km/h), a força isotônica máxima (230,3 ± 41,2kg) e o SV (30,8 ± 3,8cm) não foram significantemente relacionados com a EC. Conclui-se que a potência aeróbica máxima explica em parte as variações interindividuais da EC em atletas de endurance. Entretanto, a força isotônica máxima e a força explosiva parecem não estar associadas com os valores de EC neste grupo de atletas.