Resumo

Esta pesquisa, de caráter descritivo, possui como objetivo identificar e caracterizar interferências que as relações de interdependência entre árbitras, técnicas e ginastas exercem (ou não) na avaliação da arbitragem de ginástica rítmica (GR). Participaram do estudo sete árbitras brasileiros com brevet nacional e internacional, que atuam ou já atuaram como treinadoras. A coleta foi realizada por meio de uma entrevista semiestruturada, e os dados foram tratados por meio de análise de conteúdo. Foi possível identificar elementos que interferem no julgamento da arbitragem de coreografias de GR em competições individuais ou de conjunto. Esses elementos se associam com conceitos da teoria de Norbert Elias, expressos a partir da configuração da GR (treinadoras, ginastas, dirigentes, outras árbitras, público, entre outros), dos aspectos figuracionais do contexto em que a GR se insere como o habitus da árbitra, do poder, das “brechas” do Código de Pontuação, e dos relacionamentos de interdependência entre árbitras. Conclui-se que mudanças são necessárias na forma de avaliação da GR, assim como a formação desses profissionais precisa ser repensada.

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