Reprodutibilidade do Pico de Torque Isométrico e Isocinético dos Músculos Flexores e Extensores de Cotovelo em Nadadores Treinados
Por Natália Menezes Bassan (Autor), Luiza Bertelli Simões (Autor), Thadeu Elias Augusto Siqueira Cesar (Autor), Renato Aparecido Corrêa Carita (Autor), Leonardo Coelho Rabelo de Lima (Autor), Benedito Sérgio Denadai (Autor), Camila Coelho Greco (Autor).
Em Revista Brasileira de Cineantropometria & Desempenho Humano v. 17, n 5, 2015. Da página 1 a 10
Resumo
Neste estudo, hipotetizou-se que a reprodutibilidade do pico de torque poderia depender do tipo de ação muscular. O objetivo do presente estudo foi analisar e comparar a reprodutibilidade do pico de torque isométrico (PTI) e do pico de torque isocinético concêntrico nas velocidades de 60º.s-1 e 180°.s-1 (CPT60 e CPT180, respectivamente) dos músculos flexores (FC) e extensores do cotovelo (EC) em nadadores treinados. Vinte nadadores treinados do gênero masculino (23 ± 5 anos) realizaram os seguintes protocolos, em diferentes dias: 1) Familiarização ao dinamômetro isocinético; 2) Duas contrações isométricas máximas para a determinação do PTI e cinco contrações isocinéticas máximas concêntricas a 60º.s-1 e 180°.s-1 para a determinação do CPT60 e CPT180, respectivamente (T1). Os testes para a determinação do PTI, CPT60 e CPT180 foram realizados de forma aleatória e; 3) Foram realizados os mesmos testes e na mesma ordem dos realizados no segundo dia (T2). Não houve diferença significante dos valores de PTI, CPT60 e CPT180 entre T1 e T2. Foi observado maior coeficiente de correlação intraclasse (CCI) e menor erro típico (ET) do PTI (CCI - 0,87 – 0,92; ET - 6,9 – 10,9%) em relação ao CPT60 (CCI - 0,66 – 0,79, ET - 12,0 – 12,8%) e CPT180 (CCI - 0,85- 0,85; ET - 8,5 – 9,2%). Com base nestes resultados, é possível concluir que o pico de torque dos músculos FC e EC apresenta reprodutibilidade entre moderada e excelente, podendo ser influenciada pelo tipo de ação muscular realizada em indivíduos treinados na natação.