Resumo

Foram estudadas 15 mulheres voluntárias de hábitos sedentários, sendo que 7 encontravam-se no segundo trimestre de gravidez sem complicações médicas ou obstétricas (grupo experimental) e 8 faziam parte do grupo controle (mulheres não grávidas). Foram realizados: avaliação fisioterápica inicial, espirometria de repouso, teste de esforço em bicicleta ergométrica e manobra postural passiva. Os resultados analisados em valores medianos mostraram diferenças estatisticamente significantes (p<0,05): - na temperatura corporal basal: 36,79°C para as grávidas e 36,35°C para as não grávidas; - na pressão arterial sistólica durante a manobra postural passiva do 1° ao 5° minuto, que apresentou-se maior para as grávidas (120 mmHg) em relação às não grávidas (100 mmHg); - na potência pico no exercício físico dinâmico, sendo muito maior para as não grávidas (90W : 65 W); - na ventilação pulmonar durante o exercício físico dinâmico a 20 W e 30 W, ou seja, no 4° e no 5° minuto de esforço, sendo que os valores foram maiores nas grávidas: Foram observadas também algumas modificações em situações limites, que apesar do teste estatístico não apontar evidências de diferenças significativas (0,I>p>0,05), é possível que em uma amostra maior elas pudessem aparecer, principalmente: - na pressão arterial sistólica basal das grávidas (110 mmHg) e das não-grávidas (120 mmHg) (p=0,0592); - na pressão arterial diastólica basal das grávidas grávidas (75 mmHg) (p=0,0749); (80 mmHg) e das não- - na FC pico entre as grávidas (122 bpm) e as não-grávidas (144 bpm) (p=0,0536); - na ventilação pulmonar durante o exercício físico dinâmico a 10 W e 40 W, sendo maior nas grávidas; As demais variáveis mostraram-se semelhantes estatisticamente, porém com algumas diferenças nos valores medianos entre os dois grupos, principalmente em relação ao consumo de oxigênio e à produção de dióxido de carbono. Pudemos concluir que as voluntárias de hábitos sedentários que se encontravam no segundo trimestre de gestação responderam de forma distinta às mulheres não-grávidas em algumas variáveis, quando expostas ao exercício físico agudo moderado e à espirometria, bem como à manobra postural passiva. Estes achados evidenciam a necessidade de maiores cuidados ao expor uma mulher grávida sedentária à atividade física neste período da gestação.

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