Respostas Cardiovasculares Agudas na Extensão do Joelho Realizada em Diferentes Formas de Execução
Por Marcos Doederlein Polito (Autor), Cássio Cibelli Rosa (Autor), Pablo Schardong (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 10, n 3, 2004. Da página 173 a 176
Resumo
O objetivo do estudo foi verificar as pressões arteriais sistólica (PAS) e diastólica (PAD), freqüência cardíaca (FC) e duplo-produto (DP) durante e após a extensão do joelho realizada de forma uni e bilateral até a exaustão. Dezoito indivíduos - seis homens e 12 mulheres - (33 ± 11 anos; 63,5 ± 11,4kg; 168,6 ± 7,1cm), voluntários, saudáveis e experientes no treinamento de força realizaram três séries de 12 repetições máximas da extensão do joelho, realizadas de forma uni (UN) e bilateral (BI). A pressão arterial foi medida pelo método auscultatório ao final de cada série e durante 20 minutos após o exercício, com intervalos de cinco minutos. A ANOVA de duas entradas com medidas repetidas mostrou que a variação percentual em relação ao repouso (D%) da PAS foi significativamente maior na 3a série (UN = 31,7 ± 11,9%; BI = 38,5 ± 10,9%) que na 1a (UN = 19,5 ± 12,5%; BI = 26,0 ± 10,2%). Quanto à PAD, o D% foi maior na 3a série (UN = 48,5 ± 13,9%; BI = 51,4 ± 13,3%) que na 1a (UN = 30,5 ± 13,0%; BI = 34,9 ± 16,0%) e na 2a (UN = 40,9 ± 15,4%; BI = 47,3 ± 12,9%). Não foram observadas diferenças para FC e DP, assim como entre os modos de execução. Após o exercício, não foram identificadas diferenças entre todas as variáveis observadas. Aparentemente, a forma de execução da extensão unilateral do joelho não repercutiria sobre as respostas cardiovasculares agudas, durante ou após o exercício. Contudo, a execução bilateral mostrou tendência a elevar os valores de PAS e DP em relação à execução unilateral, o que deve ser considerado na prescrição para pessoas que necessitem de cuidados especiais.