Resumo

Introdução: A variabilidade da frequência cardíaca é considerada uma das formas não invasivas mais promissoras de marcadores quantitativos da atividade autonômica, e podem indicar a carga de treino e a responsividade orgânica associada a ela. Neste sentido, o treinamento de força também pode agir no componente central – Sistema Nervoso Central; no entanto, são escassas informações sobre respostas agudas da variabilidade da frequência cardíaca (VFC) na musculação. Objetivo: O objetivo do presente estudo é mensurar e comparar o efeito agudo de protocolo de treino de força sobre a variabilidade da frequência cardíaca. Métodos: O estudo se caracteriza como experimental, com medidas repetidas. Para a realização deste estudo foram envolvidos onze indivíduos do sexo masculino. Os participantes fizeram visitas sucessivas ao LABFEX-ESEF-UFPel. Na primeira foi realizado teste de uma repetição máxima (1RM) nos exercícios agachamento livre, supino reto, levantamento terra, e remada curva. Na sessão subsequente, os mesmos realizaram 3 séries de cada exercício a 75% de 1 RM até a falha concêntrica com 90s de descanso entre séries. Para registro da VFC, foi utilizado monitor cardíaco (Polar RS800CX; Kempele, Finlândia) e cinta torácica. Para análise estatística foi realizada ANOVA one way considerando treino e momento. Os dados foram tabulados em Excel e as análises conduzidas no software SPSS 20. Resultados: Foram encontradas diferenças significativas entre momentos nos domínios do tempo, frequência e não linear, sendo que os valores pós-treino são diferentes dos demais, conforme apresentado na tabela 1. Conclusão: Os resultados encontrados no presente estudo apontam que o treino com carga média afeta de modo agudo as variáveis da VFC, e que 24h de recuperação são suficientes para reestabelecimento dos valores pré-treino.

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