Respostas Pressóricas Subagudas de Corredores de Rua Submetidos a Diferentes Metodologias de Treinamento em Um Ensaio Clínico Controlado Cruzado
Por Fábio de Souza Bressaglia (Autor), Daniel Augusto de Lima Toledo (Autor), Rodrigo Alves Pereira (Autor), Raphael Martins da Cunha (Autor).
Em 40º Simpósio Internacional de Ciências do Esporte SIMPOCE
Resumo
Introdução: A corrida de rua é uma modalidade de exercício que vem crescendo significativamente porém, poucos estudos " in loco" são produzidos. Sabendo-se que o exercício físico é positivo no controle da hipertensão arterial, quais seriam as respostas pressóricas de indivíduos submetidos a diferentes protocolos de corrida de rua. Objetivo: Observar e comparar a magnitude da resposta pressórica subaguda pós exercício em indivíduos ativos, assintomáticos, praticantes de corrida de rua submetidos a métodos de treinamento contínuo e intervalado. Metodologia: Ensaio clínico controlado cruzado, realizado no LAFEX-ESEFFEGO, com 7 indivíduos, praticantes de corrida de rua, há pelo menos 6 meses, e no máximo 4 anos que, após análise dos critérios de inclusão/exclusão, foram inseridos no estudo. Foram realizados 3 protocolos. Os protocolos experimentais foram: GC (Grupo Controle), HIIT (Treinamento intervalado de alta intensidade) que consistia na realização de 8 tiros (de 300m com descanso ativo de 100m; TC (Treinamento Contínuo) com 3100m de corrida com intensidade de 65 e 75% da FC máxima. A pressão arterial (PA), em suas subdivisões: sistólica (PAS) e diastólica (PAD), foi aferida antes, imediatamente após e até 40 minutos depois, de 20 em 20 minutos, utilizando aparelho semiautomático OMRON 705. No protocolo controle, os procedimentos para aferir a PA foram repetidos mas, não realizou-se sessão de corrida. Os dados foram tratados pelo teste de distribuição de ShapiroWilk, e aplicado o teste t-student, intra e intergrupo, tendo p>0,05. Resultados: Média de idade (anos): 21 ± 1.4; estatura média (m): 1.7 ± 0.1; massa corporal total média (kg): 70.7 ± 6.7; Conclusão: Imediatamente após a execução dos protocolos experimentais (M0), em comparação com GC, foi observado aumento dos níveis de PAS e PAD para HIIT e TC. O incremento da PAS e PAD no HIIT foi significativamente maior que no TC. A PAS aumentou: 39% (HIIT) e 27% (TC); a PAD aumentou: 28% (HIIT) e 15% para TC. Não foi encontrado efeito hipotensor, provavelmente pelo perfil físico e etário do público. Ao final do protocolo (M40), comparado aos valores iniciais (PRE), HIIT e TC, alteraram respectivamente, PAS: - 4.29mmHG; e – 0.28mmHg; e para PAD: -1.79mmHG; e + 0.79mmHg. A velocidade média de redução (VMR) da PAS em HIT foi de 1.00 mmHg x min-1 enquanto em TC foi de 0.75mmHg x min-1. A VMR da PAD foi similar para as duas metodologias (0.15mmHg x min-1).