Resumo

As atividades de aventura no curso de educação física da Universidade Vila Velha já se tornaram frequentes no dia a dia do acadêmico matriculado nas disciplinas de recreação e lazer, principalmente na disciplina de Teoria e prática do lazer II que mais especificamente estuda esse assunto. Este trabalho tem como objetivo, identificar o que os acadêmicos desta disciplina relatam sobre as emoções e sensações durante a primeira prática de atividade no Morro do Moreno. As atividades de aventura tem o poder de evocar as emoções do indivíduo a partir da quebra da sua rotina, saindo dos espaços cristalizados e aproximando-o dos riscos imaginários. Este trabalho é relevante por permitir o estudo sobre as diferentes sensações e emoções e o papel fundamental das mesmas na construção de um evento de lazer de aventura. Para tanto, trabalhamos fotografias e filmagens durante a trilha, utilizando técnicas de observação do participante e entrevista após a realização da trilha. Com o desenvolvimento urbano, algumas transformações aconteceram; positivas e negativas. Tanto ao ser humano quanto ao planeta. No que tange as sensações e emoções, o espaço urbano vem contribuindo para a valorização da razão e a desvalorização dos sentidos. O ritmo acelerado das cidades emplaca também nas relações do cotidiano, privando o indivíduo dos sentidos. As atividades de aventura na natureza não somente desafiam o praticante a superar os limites físicos e psicológicos, mas também, estimulam os seus sentidos. Nesse contexto, a atividade de aventura na natureza é um provocador de sentidos, sensações e emoções. O incerto, o imprevisto, o obscuro, a novidade e o risco são elementos fundamentais que caracterizam esse tipo de atividade; estimulando os órgãos sensoriais. Através das entrevistas realizadas após a trilha, foram observados dois grupos de sensações: as receosas e as prazerosas. Quanto as sensações prazerosas se destacaram a liberdade, alegria, tranquilidade e felicidade; e os trilheiros relacionaram essas sensações à beleza do lugar e ao contato com a natureza, assim como à conquista e o dever comprido. Sobre as sensações receosas se destacou o medo proveniente dos riscos reais e imaginários; como: altura, animais e o obscuro. No entanto, mesmo com as sensações receosas, os trilheiros confirmaram o desejo de retornar à mesma trilha e passar novamente pelas mesmas experiências na expectativa de superação.

Acessar