Resumo

O objetivo desta tese foi o de compreender o perfil da ciência praticada no periodismo científico que aparece como leque de opções na Educação Física brasileira, comparando as características das práticas científicas inerentes às Subáreas Biodinâmica do Movimento e à Sociocultural e Pedagógica desse campo. Com características quali-quantitativa e de tipo bibliométrico e historiográfico o estudo foi dividido em cinco capítulos, nos quais foram privilegiadas fontes e metodologias de naturezas diversificadas com a finalidade de apreender a multiplicidade epistemológica do campo de modo a elaborar parâmetros que possibilitaram a comparação entre as práticas científicas das duas subáreas. Assim, as fontes foram: documentos produzidos por grupos distintos ligados às duas subáreas da Educação Física, denominados aqui de “Cartas”, bem como os documentos de , analisadas a partir do princípio da “comparação e contradição” (BLOCH, 2001); o textos presentes no “foco e escopo” de uma amostra de 143 periódicos científicos utilizados pelos bolsistas de produtividade em pesquisa, que foram submetidos ao software Iramuteq e investigados sobre o rigor do “paradigma indiciário” (GINZBURG, 1988), buscando compreender o impacto do critério de Aderência epistemológica adotado na avaliação de periódicos; faz uso de uma amostra de 600 artigos veiculados nos periódicos científicos mais relevantes da Educação Física brasileira nos quais foram analisados a autoria, a procedência territorial, o perfil dos periódicos em que foram veiculados, o movimento de internacionalização, as referências citadas (e indicadores de vida média e obsolescência), e as redes de colaboração científica formadas pelos pesquisadores das duas subáreas. Em suma, a tese centra o foco nas tensões existentes no campo de Educação Física, trazendo à baila os aspectos especulativos das críticas proferidas pelos grupos que disputam a hegemonia científica. Assim, o estudo conclui-se demonstrando as semelhanças existentes entre as Subáreas Biodinâmica do Movimento e Sociocultural e Pedagógica, salientando a relevância do exercício da crítica fundamentada empiricamente que auxiliem na construção de uma política científica mais equânime e democrática para a área de Educação Física.

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