Resumo

Introdução: As chamadas Ciências do Movimento (CMH) historicamente se consolidaram a partir de uma epistemologia positivista, cartesiana, regida sob o signo do método científico; em boa medida isso continua acontecendo em diferentes programas de pós-graduação em diferentes países. Tal fato não configura um problema a ser superado, afinal, esse modelo tem conquistado importantes avanços científicos nas CMH; entretanto, como toda ciência, ela tem sua natureza plural e transfenomenal, que talvez o método científico clássico não consiga solucionar alguns dos problemas e desafios postos. Objetivo: discutir sobre as possibilidades epistemológicas das CMH em um mundo que muda numa velocidade nunca vista na história das ciências. Métodos: revisão integrativa sobre o entendimento do objeto de estudo “movimento humano” de uma maneira amplificada pelo entrelaçamento de diferentes  fenômenos, frutos desse próprio movimento. Resultados: as CMH apresentam estrutura transfenomenal, ou seja, as ações concretas que fazemos com os movimentos de nossos corpos são os gatilhos para a ocorrência de vários outros fenômenos, das reivindicações societárias e igualitárias, antirracistas, antissexistas, passando por guerras que uma civilização pretensamente civilizada não pode admitir, até o compromisso tácito e irrevogável com todos os ecossistemas do planeta.

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