Resumo

As artes cênicas, especialmente o circo, impõem aos corpos de muitos de seus praticantes demandas similares àquelas observadas em outras exercitações físicas, como a ginástica (ORLANDO et al., 2011; SHRIER et al., 2009), cujas lesões são hoje o principal problema a ser enfrentado por seus praticantes (BRADSHAW; HUME, 2012). Cada prática motora, porém, possui seu próprio perfil de lesões (KIRKENDALL; JUNGE; DVORAK, 2010). De acordo com Wolfenden (2017), no circo, a taxa de lesão parece ser menor do que na ginástica. O autor sugere que a ampla gama de modalidades que fazem parte do universo circense, com suas diferentes técnicas motoras, poderia explicar tal diferença, o que justifica a necessidade de estudos com populações específicas. Estudos epidemiológicos de lesões em praticantes das artes circenses são raros e se restringem a uma população específica (STUBBE; RICHARDSON; VAN RIJN, 2018). Compreender o perfil epidemiológico de uma população é o primeiro passo para iniciar um trabalho de prevenção de lesões (BARBOZA et al., 2018), assim como, obter bons rendimentos físicos. O objetivo deste estudo foi identificar as taxas de lesão em estudantes regulares da Escola Nacional de Circo Luis Olimecha (ENCLO). Os dados foram coletados a partir das demandas espontâneas surgidas no serviço de fisioterapia da ENCLO. O critério utilizado para definir lesão foi o afastamento por pelo menos um dia de uma das modalidades treinadas na escola durante o período de março a julho de 2018. As informações coletadas incluíram sexo, idade, região anatômica e modalidade. Identificou-se 14 lesões em treze alunos, sendo sete em homens e sete em mulheres.

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