Teleatendimento em exercício físico para pacientes com transtorno do espectro do autismo: uma proposta para o período de pandemia por covid-19

Por Chrystiane V. A. Toscano (Autor), Natália A. Rodrigues (Autor), Keity Maria N. da Silva (Autor).

Parte de Atividade física, exercício e esporte no contexto da pandemia decorrente da Covid-19: reflexões, prognósticos acerca da prática em diferentes contextos de saúde e desempenho humano . páginas 127 - 140

Resumo

O surto do vírus Sars-Cov-2 ou novo coronavírus (COVID-19) trouxe ao mundo grandes desafios relacionados à promoção, assistência e manutenção da saúde. O paciente infectado pelo vírus pode apresentar um amplo quadro sintomatológico, desde uma condição assintomática ou sintomas leves, semelhantes à uma gripe, porém com possibilidade de progressão para pneumonia e síndrome respiratória aguda (CIOTTI et al., 2020). Dentro desta evolução dos sintomas, alguns grupos são considerados mais suscetíveis à quadros mais graves (EMAMIet al.,2020; WUet al., 2020). Dentre esses grupos de maior vulnerabilidade, neste capítulo, daremos especial atenção a população com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). O TEA é um distúrbio do neurodesenvolvimento cerebral (COURCHESNE; PIERCE, 2005),com alterações fisiopatológicas e metabólicas com modificações genéticas, de perfil lipídico, de estresse oxidativo, de sistema imune e outras complicações de saúde associadas (EL-ANSARYet al., 2017; GROSS, 2017). Somado ao perfil endógeno, o TEA é caracterizado por uma díade sintomatológica primária que abrange: a) déficits persistentes na comunicação social e na interação em múltiplos contextos e b) padrões restritos e repetitivos de comportamentos, interesses ou atividades. O transtorno pode ser representado em três níveis de gravidades em escala de nível leve ao grave (AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION, 2014).

Arquivo