Theatro Constitucional Fluminense

Parte de Circos e Palhaços no Rio de Janeiro: Império . páginas 19 - 30

Resumo

Sobre Tipografia e o periÓdico Correio Mercantil periodismo, ou imprensa em geral, só surgiu no Brasil após a chegada da família real, em 1808; até então a tipografia era proibida para qualquer tipo de publicação,fosse livro, jornal, etc. Para Maria Helena Freitas (2006), quando foram afrouxadas as amarras da política colonial portuguesa, “com a inédita e instantânea transformação brasileira de colônia à sede da Corte”, surgiram várias tipografias. A primeira delas, denominada Impressão Régia, existiu até 1821, sendo considerada, na época, a maior tipografia brasileira, tanto por monopólio da publicação dos atos oficiais, quanto pela existência da censura oficial, que afastava do ramo muitos possíveis interessados. Com o aumento das tipografias publicando livros, folhetos, etc., os periódicos, que seriam impressos quase que diariamente no início, depois todos os dias, ampliaram em número, resultando em uma maior demanda de trabalho nas tipografias. Os primeiros jornais na década de 1820 foram o Diário de Pernambuco, em Recife, de 1825; e o Jornal do Commercio, na cidade do Rio de Janeiro, em 1827 (MARTINS; LUCA; 2013). Na década de 1830 aumentou o número de publicações periódicas, sendo que a Tipografia de Cunha e Vieira, na Rua de S. José, n. 77 foi responsável, entre outras, edições e editorações, por publicar o jornal Correio Mercantil, com início em 19 de agosto de 1830, sendo que em agosto de 1831 esse mesmo periódico já era impresso pela Tipografia de Gueffier e Cia., Rua da Quitanda, n. 79. Iniciamos nossa caminhada pelas trajetórias circenses durante o período denominado pela historiografia como Império do Brasil, mas também “Brasil Império”, “Brasil Imperial” ou “Brasil Monárquico”, com a primeira propaganda encontrada em nossas pesquisas, que foi publicada pelo jornal Correio Mercantil, em 16 de agosto de 1831. Nela observamos o anúncio de um espetáculo de variedades com características semelhantes aos dos apresentados por artistas circenses. Ao longo de nossas investigações encontramos apenas esse registro desta companhia, de maneira que não conseguimos outras informações sobre estes artistas e a permanência deles no Rio de Janeiro.