Resumo

Muito se avançou desde os primeiros estudos relacionados com a tomada de decisão em contextos laboratoriais como os desenvolvidos nas décadas dos anos setenta, por exemplo, Bard e Fleury (1976), nos anos oitenta Ripoll (1987), Sonnenschein (1987), os anos noventa por Tenenbaum e Bar Eli (1992), aos dias de hoje. Em efeito, nos últimos anos o tema Tomada de Decisão quer nas modalidades de invasão, quer nos esportes de combate, congregou o interesse de diversos pesquisadores nas ciências do esporte. Inicialmente se destacaram os trabalhos orientados com referenciais das teorias de informação, após os cognitivistas, os orientados nas vertentes post-cognitivas, as da percepção-ação, e os das linhas ecológicas –nomeadamente das vertentes gibsoniana da percepção direta e a dos sistemas dinâmicos. Nesse processo de desenvolvimento do conhecimento temas relacionados com as formas de se tomar decisão tais como intuição, criatividade, antecipação e memoria foram estudados de forma separada. No presente trabalho, com base em um projeto de investigação intercultural entre Brasil e Alemanha, se objetiva compreender as interações entre a criatividade e a intuição no processo de tomada de decisão. Criatividade e intuição são conceitos muito utilizados para se explicar comportamentos de tomada de decisão nos esportes. Em alguns casos colocam-se como processos antagônicos, em outras se consideram de forma separada. Criatividade e Intuição caracterizam-se como processos socioculturais que se expressam na tomada de decisão. Na tomada de decisão ambos processos se revelam como adequados ao se observar seu resultado. Conforme Memmert e Roth (2007) e Memmert e Perl (2009), decisões criativas solicitam originalidade, fluência da geração de opções e flexibilidade das soluções. Conforme Bennis e Pachur, (2006), e Raab (2012) Decisões intuitivas se apoiam em heurísticas simples com base nos princípios da racionalidade limitada, recorrem a pequena quantidade de informações do ambiente para efetuar a Tomada de decisão. Assim a pergunta que emerge: existe correlação entre ambos processos? Brasileiros se diferenciam de alemães?

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