Resumo

Este trabalho teve como objetivo de pesquisa averiguar como os jornais “Folha de S.Paulo” e “O Estado de S. Paulo” cobriram a implementação da política de torcida única no futebol paulista, que entrou em vigor em abril de 2016. Partiu-se da hipótese de que os veículos promoveram uma cobertura limitada e pouco questionadora acerca do tema. Pela medida, os jogos de futebol em que Palmeiras, Corinthians, São Paulo e Santos se enfrentam têm a presença somente de torcedores da equipe mandante – posteriormente, Ponte Preta e Guarani também foram abrangidos. Esta dissertação procurou discutir conceitos sobre violência no futebol e torcida única, relacionando-os com o contexto atual do país, buscou estabelecer parâmetros jurídicos para a questão e ainda entrevistou diversas pessoas envolvidas ou interessadas no assunto. Na parte metodológica, foi usada a análise de conteúdo (AC) proposta por Bardin (2016) para checar os trabalhos realizados por “Folha” e “Estado”, além das entrevistas em profundidade. Ambos os jornais foram submetidos a uma análise quantitativa e a uma análise qualitativa: foi realizado um mapeamento de como os dois periódicos noticiaram, investigaram e opinaram sobre a política de torcida única ao longo dos dois primeiros anos de vigência. A partir dos dados coletados, inferiu-se que a cobertura dos periódicos foi correta e constante, mas pouco aprofundada e questionadora, confirmando parcialmente a hipótese levantada.

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