Resumo

Introdução: Partimos da ideia de que a sociedade exerce influência sobre os corpos que nela vivem, havendo normatização do corpo e da forma corporal. O processo de adaptação aos padrões e a busca pela aceitação colocam o sujeito na posição de aceitação ou exclusão pelo coletivo. Os Transtornos Alimentares, como Anorexia Nervosa e Bulimia Nervosa; e Transtorno Dismórfico Corporal, de percepção corporal, como a Dismorfia Muscular - Vigorexia - são reflexos no corpo que encontram mediação pela sociedade. Objetivo: Identificar Transtornos Alimentares e avaliar a percepção da Imagem Corporal em universitários brasileiros, correlacionando com as variáveis de autoestima, ansiedade físico-social, vício em exercício, satisfação com a vida e uso de redes sociais. Métodos: Os participantes foram estudantes universitários de diferentes universidades do Brasil. Foram aplicados 9 questionários (Ficha de Identificação, Escala de Autoestima de Rosenberg, The Eating Attitudes Test, Escala de Figuras e Silhuetas, Self-Report Questionnaire, Muscle Appearence Satisfaction Scale, Exercise Dependence Scale-Revised, Social Physique Anxiety Scale e Satisfaction with Life Scale) de forma on-line através da plataforma Google Forms. Resultados: Foram entrevistados 231 estudantes universitários, com predomínio do sexo masculino (68,4%) e estudantes matriculados em universidades públicas (65,7%). A média de idade dos participantes foi de 25,5 ± 8,4 anos. Houve diferença estatisticamente significativa para a idade, indicando que os participantes mais velhos apresentaram chances mais elevadas (7%) de transtornos alimentares. A ansiedade físico-social também foi preditor estatisticamente significativo, no qual os participantes com pontuações mais altas apresentaram 1,22 vezes mais chances de transtornos alimentares. Por fim, os participantes com níveis elevados de vício em exercício físico tiveram chances 6% mais altas de transtornos alimentares. Discussão e Conclusão: Podemos dizer que estudantes universitários mais velhos com ansiedade físico- social elevada e com vício em exercício tem maiores chances de desenvolver transtornos alimentares.

Disponível em http://www.repositorio.unicamp.br/

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