Resumo

Introdução: O crescimento muscular obtido no início do treino de força de alta intensidade (TFAI) é resultante da hipertrofia e do edema causado pelo dano muscular. Não é conhecido se isso ocorre no treino de força de baixa intensidade com restrição do fluxo sanguíneo (TFRFS). O objetivo do estudo foi analisar e comparar a hipertrofia e o edema muscular após 12 sessões de TFRFS e de TFAI. Métodos: Quinze homens saudáveis (22,6 ± 4,6 anos; 77,7 ± 9,5 kg; 176,9 ± 5,4 cm) que não treinaram nos últimos 6 meses, executaram 12 sessões do exercício extensão unilateral de joelho. Em uma perna aplicou-se 4 sessões semanais do TFRFS (3 séries de 15 repetições a 30% 1RM) com um manguito colocado no terço superior da coxa, inflado a 80% da pressão total de oclusão. Na outra perna, aplicou-se o TFAI (3 séries de 8 repetições a 80% 1RM) em 2 sessões semanais. Ambos usaram 1 minuto de intervalo entre as séries. Área de secção transversa do vasto lateral (AST), edema muscular medido pelo tempo de relaxamento (T2-AST), e T2-AST normalizado pela AST (T2-AST/AST) foram avaliados antes, na 3ª e 6ª semanas. As variáveis dependentes foram analisadas pelo modelo misto com post hoc de Tukey (p≤0,05). Resultados: Comparado ao pré, houve aumento da AST na 3ª (1,3 ± 0,7 cm², P=0,043) e 6ª semanas (2,6 ± 0,9 cm², P=0,002) para o TFAI e na 3ª semana (2,5 ± 1,1 cm², P=0,001) para o TFRFS, sem diferença entre a AST do TFAI da 6ª semana com a AST do TFRFS da 3ª semana (P=0,837). Comparado ao pré, houve um aumento de T2-AST na 3ª (14,3 ± 3,3 unidades arbitrárias [U.A], P=0,0001) e 6ª semanas (6,8 ± 2,6 U.A, P=0,0001) para o TFAI, sem mudanças na 3ª semana para o TFRFS (P=0,177). No T2-AST/AST, a 3ª semana apresentou valores elevados comparados ao pré (0,35 ± 0,3 U.A/cm², P=0,002) e 6ª semana (0,42 ± 0,4 U.A/cm², P=0,001) do TFAI, sem mudanças para o TFRFS (P=0,439) (Figura 1). Conclusão: Concluímos que o crescimento muscular obtido inicialmente no TFRFS é causado de fato pela hipertrofia muscular.

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