Utilizando a Temperatura da Pele e a Espessura do Músculo Para Avaliar a Resposta Ao Treinamento de Força
Por Eduardo Borba Neves (Autor), Tiago Rafael Moreira (Autor), Rui Lemos (Autor), José Vilaça Alves (Autor), Claudio Rosa (Autor), Victor Machado Reis (Autor).
Em Revista Brasileira de Medicina do Esporte v. 21, n 5, 2015. 5 Páginas.
Resumo
Introdução: Vários estudos já relataram a resposta de muitos biomarcadores após treinamento de força, mas os estudos que utilizam ferramentas de diagnóstico por imagem de baixo custo são raros. Objetivo: Avaliar o uso da temperatura da pele e da espessura do músculo (EM) para monitorar a resposta muscular (até 96 horas após) ao treinamento de força de alta intensidade. Métodos: Este é um estudo longitudinal de curta duração com 13 voluntários treinados e saudáveis do sexo masculino. Os voluntários realizaram cinco conjuntos de exercícios biset para bíceps com o braço dominante, com halteres, com carga de 70% de uma repetição máxima (1RM). As imagens de ultrassom (US) e térmicas foram obtidas antes e imediatamente após a última série, 24, 48, 72 e 96 horas após o exercício. Resultados: A análise foi dividida em duas etapas: resposta muscular aguda (até 24h após o treino) e resposta muscular tardia (de 24h a 96h após o treino). A espessura dos flexores do cotovelo mostrou o valor de pico imediatamente após o último conjunto de treinamento. A temperatura da pele (nos flexores do cotovelo) e a espessura dos flexores do cotovelo aumentaram continuamente de 24h a 96h após o treinamento de força. Existe uma alta correlação (r = 0,941, p = 0,017) entre a temperatura da pele e a espessura do músculo desde o final do exercício até 96h após o treinamento de força. Conclusões: As imagens de US mostraram alta sensibilidade para alterações fisiológicas no músculo nas primeiras 24 horas após o exercício. Por outro lado, as imagens térmicas apresentaram maior sensibilidade para alterações fisiológicas do que as imagens de US entre 24h e 96h após o treinamento.