Erro gera tensão, choro e crítica: "Comemos mal por 30 dias"

Tristeza por conta da derrota e um clima muito tenso marcou o fim de prova da equipe brasileira feminina do revezamento 4x100m. Depois de deixarem o bastão cair na última transição da prova de Franciela para Vanda, as atletas do Brasil não esconderam a frustração e deixaram transparecer o descontentamento umas com as outras.

Ana Cláudia Lemos foi a atleta que deu as declarações mais contundentes na entrevista depois da prova. “Não tem sabor nenhum (a derrota). É uma coisa que não dá para explicar, não dá para admitir. Bom, a gente tem que dar o nosso melhor. Estamos há 30 e poucos dias aqui. Treinamos isso e não dá para admitir”, disse, em entrevista ao Sportv, deixando claro sua indignação com a falha.

Já Vanda Gomes protagonizou a falha na final sem sequer ter participado das fases eliminatórias e substituiu Rosângela, que havia tido ótimo desempenho. Nervosa, Vanda fez duras críticas à preparação para o revezamento 4x100m.

“A gente não treinou o suficiente. Deixamos um pouco de lado de treinar. Foi errado, é simples. Aconteceu com o Brasil hoje, serve de aprendizado. Não existe campeão sem perdedor. Saio de cabeça erguida. Não quer dizer que um errou, que o outro errou, acontece. Ficamos 30 dias dormindo mal, comendo mal aqui na Europa”, frisou, criticando a logística criada pela CBAt na Europa antes do Mundial.

Franciela Krasucki fez um discurso mais conciliador ao se referir às colegas de equipe. “Na verdade eu tenho a sensação que eu empurrei o bastão, mas não foi suficiente para ela pegar. Não sei nem o que eu estou sentindo. Estávamos com a medalha próxima e cometemos um erro que não podemos cometer. É um sentimento de frustração”, falou a atleta, procurando responder a Ana Cláudia Lemos.  “A gente é uma equipe. Todas nós estamos frustradas, chateadas. Todas fizeram o que podiam. Não é de propósito. Tenho certeza que ninguém entrou na pista com o sentimento de que o bastão fosse cair. Todo mundo sabe o quanto eu lutei e não foi à toa. Agora é focar no erro e melhorar. Isso ajuda mundo a gente a aprender a lidar em grupo”, completou.

Rosângela Santos, que ficou fora da decisão, sendo substituída por Vanda Gomes devido a uma decisão da comissão técnica, foi flagrada chorando, talvez sentindo que pudesse ajudar o Brasil a subir ao pódio. Já Evelyn dos Santos, que abriu a prova do revezamento, preferiu não dar entrevista ao término da competição.

Ricardo D'Ângelo, treinador-chefe da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt), falou sobre o episódio, procurando justificar a troca de Rosângela por Vanda, que fez sua estreia no Mundial exatamente no momento em que solta o bastão. Ele também defendeu a preparação feita na Europa.

"Fizemos um teste na semana passada e as duas atletas estavam numa forma parecida. Decidimos colocar a Rosângela na semifinal e colocar a Vanda na final por isso", declarou. "A nossa preocupação com revezamento é um projeto grande, antigo, com finais de Mundial, Olimpíadas. Fizemos essa viagem para a Alemanha, elas passaram vários estágios de treinamento juntas, ela (Vanda) já tinha errado em Londres, tivemos um problema em Londres (na Liga Diamante, em 2013), quem acompanha atletismo sabe. Então ela provavelmente falou sobre a preparação em um momento de desabafo. Temos monitorado as atividades desse grupo, treinado excessivamente. Fizemos de tudo para a equipe estar bem. Não podíamos ter feito nada melhor do ponto de vista técnico", finalizou.

 

function SOswitchMenu() {var el = document.getElementById(’bodyDiv’);if ( el.style.display != "none" ) { el.style.display = ’none’;}else { el.style.display = ’’;}var el2 = document.getElementById(’h2’);if ( el2.className == "calHeader goog-zippy-expanded normalText" ) { el2.className = "calHeader goog-zippy-collapsed normalText";return;}if ( el2.className == "calHeader goog-zippy-collapsed normalText" ) { el2.className = "calHeader goog-zippy-expanded normalText";return;}} function SOframeReload() {var f = document.getElementById(’soFrame’);f.src = f.src;}

Comentários

Por Edison Yamazaki
em 20 de Agosto de 2013 às 12:15.

Desculpa de perdedor. Não lí uma linha sobre as "broncas" das equipes vencedoras.

Pior do que reclamar é perceber que algo não está bem na equipe. Técnicamente talvez nada pudesse ser feito, mas no aspecto psicológico as coisas poderiam ser diferentes. É nítido a falta de equilíbrio nas meninas. Uma equipe bem preparada não saí por aí reclamando da comida, dos treinos, dos alojamentos, etc.

Por Darwin Ianuskiewtz
em 21 de Agosto de 2013 às 15:58.

function SOswitchMenu() {var el = document.getElementById(’bodyDiv’);if ( el.style.display != "none" ) { el.style.display = ’none’;}else { el.style.display = ’’;}var el2 = document.getElementById(’h2’);if ( el2.className == "calHeader goog-zippy-expanded normalText" ) { el2.className = "calHeader goog-zippy-collapsed normalText";return;}if ( el2.className == "calHeader goog-zippy-collapsed normalText" ) { el2.className = "calHeader goog-zippy-expanded normalText";return;}} function SOframeReload() {var f = document.getElementById(’soFrame’);f.src = f.src;} Pois é... a Psicologia do Esporte brasileiros precisa melhorar... 

Afinal, psicologia e nutrição no esporte de alto rendimento : mito ou verdade?

Dá um bom artigo sobre o tema, principalmente baseado em testemunho de alguns atletas do alto rendimento...

A fala sobre a sobre a falta de treinamento na passagem do bastão foi lamentável.... deve ser brincadeira.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.