No Brasil por experiência própria os atletas geralmente têm dificuldades para conseguir patrocínio para participar de uma competição nacional ou internacional. É contraditório num país que vai sediar as olimpiadas de 2016 ter esse tipo de atitude para com seus cidadãos atletas. Qual seria a solução para minimizar a falta de incentivo financeiramente dos competidores de todas as faixas etárias e os mesmo poderem competir e demonstrar suas capacidades de conquistas ?

Comentários

Por Sergio Jose de Castro
em 17 de Dezembro de 2015 às 10:04.

Em pleno RIO DE JANEIRO, Celio de Barros(destruído); Estadio Nilton Santos (Engenhão) condições precárias. E assim vai, descaso ou falta de competência dos dirigentes regionais  e nacionais ?

Por Sidnéia da Silva Gomes
em 11 de Janeiro de 2016 às 09:33.

O atleta tem um sonho, é um desafio difícil, ele busca apoio, patrocínio, ás vezes apela até para amigos ou desconhecidos, tudo para superar seus próprios limites e quem sabe até escrever seu nome na história. Entretanto na maioria da vezes, não conseguem quase nada, mal dá custear as despesas "básicas" que necessitam. Buscar patrocínio no Brasil, principalmente para atletas do desporto, virou sinônimo de pedir ajuda, filantropia, quando não a pilantropia. O recurso sai se o investimento se transformar em retorno, se conseguir se pagar, se pelo menos trouxer visibilidade, espaço, mídia, clientes, simpatia á marca, publicidade, aumento na  vendas ou algum tipo de ganho. 

Por Leandro dos Santos Oliveira
em 11 de Janeiro de 2016 às 22:36.

      As portas fechadas para patrocínios esportivos não assolam somente os iniciantes ou esportistas de cidades pequenas. Atletas olímpicos frequentemente são prejudicados por não terem apoiadores. No início desse ano, a campeã olímpica de salto à distância Maurren Maggi iniciou uma arrecadação por meio do crowdfunding — o financiamento coletivo — para financiar os seus treinos por causa da falta de patrocínio. Para quem ainda não alcançou a fama, no entanto, a dificuldade é muito maior, e muitas promessas do esporte acabam comprometidas. Muitas vezes, a desmotivação para patrocinar um atleta acaba partindo do desconhecimento em relação aos benefícios de tal iniciativa. O retorno ao empresário bem informado que apoia o esporte também se reflete em vantagens no próprio bolso. A Lei de Incentivo ao Esporte (Lei 11.438/2006) dispõe sobre incentivos e benefícios fiscais para fomentar as atividades de caráter desportivo, prevendo a possibilidade de pessoas físicas e jurídicas destinarem uma parcela do imposto de renda devido em benefício de projetos desportivos e paradesportivos, elaborados por entidades do setor. O incentivo legal possibilita deduções do Imposto de Renda como forma de transmitir recursos aos atletas. Sem contar a boa impressão para o público externo, que passa a ver a empresa como uma incentivadora do esporte.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 12 de Janeiro de 2016 às 17:50.

Lourdes,

O país está envolvido em um imbróglio assaz efervescente, com cenários nada animadores para o médio prazo. Inflação, corrupção, desgoverno, PIB cada vez mais decrescente, desemprego. Como então querer que empresários paguem atletas que muitas vezes já se encontram subvencionados por instituições esportivas, especialmente o COB? Afora os patrocinados pelos bancos oficiais – Banco do Brasil, Caixa Econômica – e outras instituições, como os Correios. Além disso, (não tenho conhecimento das leis) deve haver também verbas do Ministério do Esporte que também não sei se chegam aos atletas.

O pior de tudo é que sempre se quer mais do que se possa auferir. As mazelas pelas quais o país passa podem esperar e serem resolvidas depois das competições, pois o que importa é que os “nossos heróis” conquistem as medalhas de que tanto vamos nos orgulhar!

Afora isto, eles já são assistidos há muito tempo, pois não se forma um atleta de ponta da noite para o dia. Mas, como se diz: "quem não chora não mama"! 

É uma pena que se pense dessa forma em um momento tão crucial para milhões de brasileirinhos.

 

Por Darwin Ianuskiewtz
em 12 de Janeiro de 2016 às 20:40.

Prezados, 

Atualmente, há 6093 atletas que recebem auxílio do governo federal.

http://www2.esporte.gov.br/arquivos/snear/bolsaAtleta/listaContemplados20152.pdf

Ainda, há no site outros 1001 atletas contemplados, embora não tenha os pré-requisitos de "campeões"nas categorias.

Sobre auxílio financeiro nos municípios, basta que o próprio atleta acesse o site, faça o cadastro e envie os documentos de comprovação das instituições filiadas.

Os valores de "auxílio" variam de R$370,00 até R$3.100,00 - http://www2.esporte.gov.br/snear/bolsaAtleta/prerequisitos.jsp

Penso que iniciativas locais como patrocínio x publicidade + projetos sociais,  podem auxixliar na busca de recursos para o desenvolvimento de projetos.

Vamos conversando... 

Por Darwin Ianuskiewtz
em 12 de Janeiro de 2016 às 20:42.

Em tempo... 

Bolsa auxílio "Pódio" para os campeões Mundiais e/ou finalistas pode chegar aos R$ 15.000,00

http://www.esporte.gov.br/arquivos/snear/brasilMedalhas/criteriosValoresBolsaPodio2015.pdf

 

Por Darwin Ianuskiewtz
em 13 de Janeiro de 2016 às 15:56.

Pessoal, para finbalizar, informações quentinhas do CBAt hoje:

O programa de Apoio CAIXA atenderá durante o ano olímpico, atletas (indicide olímpico), jovens talentos (indice e participação internacional), corredores, técnicos com atletas pódio olímpico, e indices (links no final da mensagem). Além disso há o apoio aos "Heróis Olímpicos".

O Programa compreende uma ajuda de custo mensal aos atletas, acrescida de um valor a mais para ação desenvolvida pelos mesmos a pedido da Caixa, conforme calendário elaborado por esta.  Ajuda mensal mais valor por ação que participar, conforme calendário elaborado pela Caixa: Arnaldo de Oliveira Silva, Claudinei Quirino da Silva, Edson Luciano Ribeiro, Claudio Roberto Souza, Vanderlei Cordeiro de Lima, Joaquim Carvalho Cruz, André Domingos da Silva, Robson Caetano da Silva, Vicente Lenilson de Lima.

Links dos documentos oficiais com os respectivos beneficiários nominados pela CBAt:

Apoio a treinadores:  https://www.evernote.com/l/ADWcnjqYPrpD6KpnF_3eDJPeJNbI8QSEObc

Apoio a Jovens talentos: https://www.evernote.com/l/ADXNeeA-g8JN455BTvikAL79zGD5Ml-WlnQ

Apoio a corredores de Rua:  https://www.evernote.com/l/ADWT79ztGwpLoIfByq-9W3hp5k5a9Fj5IzA

Apoio a Atletas: https://www.evernote.com/l/ADUySl5JaIFCl7gVS-pnGtJbv2zXGaEn5Zo

Por Roberto Affonso Pimentel
em 13 de Janeiro de 2016 às 17:15.

    Vimos logo acima que é dado apoio até a "corredor de rua"... Ora, e os milhões de brasileiros que estão desesperadamente "correndo atrás" de um emprego para o sustento de suas famílias? E as crianças que estão nas ruas, sem creche, escolas e hospitais? - Por que a Alemanha teria desistido de sediar uma vez mais os jogos olímpicos?

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Vejam trecho do artigo de Umberto Eco sobre o que seja (ou possa ser) um "herói".

"Terra infeliz é uma onde ninguém sabe mais qual é o seu dever"  [...] Quem é um herói? Segundo Thomas Carlyle, o ensaísta e historiador escocês do século 19, heróis são grande homens com enorme carisma, que deixam sua marca na história. Neste sentido, tanto Shakespeare quanto Napoleão foram heróis. Mas a ideia de Carlyle foi condenada por Tolstói e posteriormente por alguns historiadores, que deram menos importância a grandes eventos, preferindo dar maior foco às tendências coletivas e estruturas econômicas e sociais. Por outro lado, os dicionários definem um herói como sendo uma pessoa que realiza um ato excepcional – um que não seja exigido dela e a um grande risco pessoal – em benefício de outros. Nesse sentido, o jovem policial italiano Salvo D'Acquisto foi um herói – ele salvou 22 pessoas de represálias nazistas durante a Segunda Guerra Mundial ao assumir plena responsabilidade por um crime inexistente. Ninguém lhe pediu para assumir a culpa ou para ficar diante de um pelotão de fuzilamento para salvar as vidas de seus conterrâneos. Mas além e acima do dever, ele fez exatamente isso, o que lhe custou sua vida. 

Para ser um herói, não é necessário ser soldado ou líder. Heróis são aqueles que arriscam suas vidas para salvar uma criança que está se afogando ou um colega mineiro, ou que dão as costas aos confortos da medicina moderna para arriscarem suas vidas para socorrer pacientes com ebola na África. Parece que o próprio Giacomazzi, quando entrevistado após o desastre da balsa, rejeitou o rótulo como não justificado. "Heróis não servem a um propósito", ele disse. "Tudo em que ele pensa é naqueles que não estão mais conosco." Foi uma forma sensível de rebater a santificação por parte da mídia.

Mas por que chamamos algumas pessoas de heróis quando estão apenas cumprindo seu dever?

O dramaturgo alemão Bertolt Brecht, em sua peça "A Vida de Galileu", nos disse "infeliz é a terra que precisa de heróis". Por que infeliz? Porque é um lugar que carece de pessoas normais que fazem o que deveriam fazer, que não se esquivam de suas responsabilidades e que o fazem "com profissionalismo". Na falta desses cidadãos, um país precisa desesperadamente de figuras "heroicas" e da distribuição a torto e a direito de medalhas de ouro.

Uma terra infeliz é, portanto, uma onde ninguém mais sabe qual é seu dever, de modo que as pessoas buscam freneticamente um demagogo carismático que lhes diga o que fazer. E essa, se me recordo corretamente, foi a mesma ideia expressada por Hitler em "Mein Kampf".

Por Darwin Ianuskiewtz
em 14 de Janeiro de 2016 às 08:42.

Prezado Prof. Roberto,  trata-se de herói esportivo - aqueles que conseguiram medalhas olímpicas recebem auxílio vitalício, assim como os campeões de 70 no futebol.

Se existe o projeto, foi aprovado e permanece presente em cada esporte, o que pode existir de ruim nisso? 

Quem é do atletismo, vive da modalidade (trabalhadores), lutam pelo reconhecimento de seus esforços.

É público na modalidade, que "Corredores de Rua" são os atletas que buscam indice para representar nosso País nos diferentes eventos de fundo e grande fundo como as Maratonas e distâncias maiores.

Vamos conversando....

Um abraço.

 

Por Lourdes da Aparecida Fernandes
em 25 de Janeiro de 2016 às 17:37.

Pois é eu sou uma atleta de ponta já  há 16 anos em atividade. Começei correndo ruas, corri muitas Maratonas, hoje participo mais de corridas em pistas. Já representei o Brasil em mais de 18 paises com resultados. Modesta  parte sou uma recordista Sulamericana, com recordes em tres paises, medalista mundial e no entanto sofro com a busca de um patrocinio, mais munca consegui. So consigo viajar para competir porque tenho muitos amigos que conhece meu trabalho e esforço e me ajuda nos gastos com as viagens, hospedagens alimentação e até os tenis. Mais neu não desisto até que um dia apareça  o patrocinio e se Deus quizer vai aparecer.

Por João Luis Xavier Sans de Magalhães
em 1 de Fevereiro de 2016 às 15:37.

Infelizmente, o patrocínio está diretamente relacionado com a visibilidade das modalidades esportivas que estão a tona. No "país do Futebol", modalidades como o atletismo são deixadas de lado por não gerarem grandes audiências nas maiores mídias, consequentemente, geram menor divulgação dos patrocinadores. Com isto, tanto o número de patrocinadores, quanto o "tamanho" do patrocínio se tornam proporcionais ao retorno recebido pelos patrocinadores. Está é uma questão muito difícil de ser solucionada devido a cultura esportiva do país, porém é possível perceber a valorização de outras modalidades como o voleibol e as lutas que estão recebendo maior atenção atualmente.

Por Johnny Dias
em 2 de Fevereiro de 2016 às 23:51.

com o pais passando por mudanlas e a crise em que se encontra, o patrocinio seja pra quauqer esporte esta sendo extinto


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