Quer dizer então, senhores do comitê olímpico, que os termos olímpico, olimpíada e derivados são de uso exclusivo de vossas senhorias? Ok, então vou tentar escrever este recadinho para os senhores sem usar tais termos, uma vez que, não importa o que reconheça o Houaiss, o que vale mesmo é a douta opinião dos senhores.

Senhores do Comitê que cuida das coisas relacionadas àquele evento esportivo criado pelos gregos antigos e revitalizado por um barão francês:

Peço encarecidamente aos senhores que não impliquem com a professora Kátia Rúbio, grande pesquisadora de assuntos ligados àquele evento esportivo criado pelos gregos antigos e revitalizado por um barão francês. A professora Kátia, com muito brilho, sempre estudou o fenômeno ligado a esse evento antigo antigo, lá do tempo dos gregos, aquele que era realizado de quatro em quatro anos. Creio que, nos muitos últimos anos, Kátia Rúbio foi uma das pessoas que mais divulgou, entre os brasileiros, o espírito que transcende desse evento que será realizado no Rio de Janeiro em 2016 (será que Rio de Janeiro e 2016 são termos exclusivos do comitê que cuida das coisas relacionadas àquele evento esportivo criado pelos gregos antigos e revitalizado por um barão francês?). Vejam doutos senhores, como ficaria uma notícia de jornal que, seguindo vossos critérios, evite as tais palavras exclusivamente suas:

Esta eu tirei da Internet. Atendendo aos senhores do comitê, ficaria assim:

SÃO PAULO - A cidade do Rio de Janeiro foi escolhida há pouco como a sede dos Jogos aqueles que eram realizados na Grécia antiga de quatro em quatro anos e depois ressurgiu em 1896, de 2016 pelo Comitê encarregado dos tais jogos que se realizam de quatro em quatro anos e acontecerá no Brasil em 2016 Internacional

(C QUEORGANIZAOSJOGOSQUEINCLUEMQUASETODOOMUNDODEQUATROEMQUATROANOS I).

Os senhores viram como é difícil escrever sem usar essas palavrinhas? E eu li essas palavras proibidas na Folha, na Veja, na Carta Capital, no Estadão, no Globo, na Isto é. Olha, por que os senhores não se metem com a Folha? Encrenquem com o Estadão, com a Veja.

Ah, antes que eu esqueça, como é que a gente faz agora quando for organizar as Aqueles eventos que os gregos gostavam tanto de fazer de quatro em quatro anos e agora será feito no Brasil, e que a garotada gosta tanto de fazer nas escolas. Tem até de Matemática. Quem sabe poderia ficar assim:

... Estudantis

... de Matemática

... de Português

... dos Operários

... da Terceira Idade.

Sabe senhores do Comitê Aquele, os senhores criaram um grande problema, não só para a Profa. Kátia, mas para a língua portuguesa. Desde o dia em que os senhores confiscaram essas palavrinhas do dicionário da língua portuguesa, tem escritor ficando doido. O que será que o Saramago diria disso? E os poetas? Os senhores da Academia Brasileira de Letras?

Olha, quero informar que as palavras JOAO, BATISTA, FREIRE, DA, SILVA, são, a partir de agora, exclusivamente minhas, e só eu poderei usá-las no território nacional. No território internacional ainda estou pensando. Portanto, se os senhores me responderem usando alguma dessas cinco palavrinhas, processá-los-ei.

Amo, ato, obrdo

João Batista Freire da Silva


Leia mais: http://www.valoronline.com.br/?online/brasil/5/5851285/rio-sera-sede-das-olimpiadas-de-2016#ixzz0egJE4wxJ

Comentários

Por Marcilio Krieger
em 5 de Fevereiro de 2010 às 18:26.

Tá certo: zelar pelos titulos de propriedasde, é um direito.

MAS...E A PRESTAÇÃO DE CONTAS A RESPEITO DOS GASTOS COM E NO PAN/2007?

Marcilio Krieger

Por João Batista Freire
em 5 de Fevereiro de 2010 às 20:04.

Sem dúvida, todos temos que zelar pelo direito de propriedade. Duvido que algum juiz julgue que palavras repetidas à exaustão diariamente como Olimpíadas seja propriedade de um comitê. Tanto é assim que o COB já voltou atrás e se desculpou. Mas, mostraram a cara. Basta um mínimo de mobilização para esses caras que não conseguem disfarçar o autoritarismo recuarem. O esporte precisa, um dia, deixar de ser reserva moral do autoritarismo.

Por João Batista Freire
em 5 de Fevereiro de 2010 às 15:11.

Vou comentar o que eu mesmo escrevi:

Lanço uma campanha. Desobediência Civil já! Vamos todos desobedecer o Comitê Olímpico Brasileiro. Vejam, esta é uma publicação. Doutos senhores do COB, esta é uma publicação. Olha só o que vou fazer:

OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA

OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA

OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA

OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA

OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA, OLIMPÍADA

OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO

OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO

OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO, OLÍMPICO

OLHA KÁTIA, NÃO RECOLHA LIVRO COISA NENHUMA. NESTE PAÍS AINDA EXISTE ALGUMA LEI, ALGUMA DEMOCRACIA. VAMOS TODOS NOS COTIZAR E PAGAR PARA VOCÊ UM ADVOGADO. EM VEZ DE RECOLHER O LIVRO, PUBLIQUE OUTRO, CHEIO DESSAS PALAVRAS PROIBIDAS. ESSES CARAS NÃO SABEM O QUE DIZEM. PENSAM QUE SÃO DONOS DA LÍNGUA. ELES QUE VÃO ESTUDAR A CONSTITUIÇÃO E A LÍNGUA PORTUGUESA.

Por João Batista Freire
em 5 de Fevereiro de 2010 às 15:18.

Pessoal: quem não gosta de uma boa encrenca? Dependendo de qual seja, eu gosto. Vamos todos aos tribunais. A Kátia precisa de apoio efetivo, apoio jurídico. A gente contrata um advogado, dos bons, paga para ela (o CEV tem milhares de agregados), e vai à justiça, não só para garantir sua publicação, mas para processar o COB por querer monopolizar a língua portuguesa e censurar uma autora. Ela foi ofendida, sofreu danos morais, foi constrangida e tudo isso pede reparação. Vamos mover uma ação, todos nós do CEV contra o COMITÊ OLÍMPICO BRASILEIRO.

Por Marcilio Krieger
em 5 de Fevereiro de 2010 às 21:38.

ALVISSARAS!!!ALVISSARAS"!!!  Vale a pena pressionar!!!!

notícia no http://blogdocruz.blog.uol.com.br/ : COB autoriza livro de Katia Rubio

Em carta enviada nesta sexta-feira (5) à professora Katia Rubio, o COB informa que não adotará qualquer medida judicial ou extrajudicial em referência à citação da designação “olímpicos” e do símbolo olímpico no conteúdo do livro intitulado “Esporte, Educação e Valores Olímpicos”.

         Não obstante gozar o símbolo olímpico de proteção internacional por meio do Tratado de Nairóbi sobre Proteção do Símbolo Olímpico de 1981, do qual o Brasil é signatário, e as designações “olímpico” e olimpíada” de proteção via artigo 15, parágrafo segundo, da Lei 9.615, de 1988 (Lei Pelé), sua citação no conteúdo da obra destina-se, apenas, a informar sobre o movimento olímpico e suas atividades, disseminando o valioso este conhecimento sobre o Olimpismo.

 Embora o COB tenha se baseado tão somente no aspecto comercial do produto em questão (livro identificado por marca de titularidade do Comitê Olímpico Internacional) para lançar mão de expediente rotineiro que visa apenas resguardar os interesses do próprio Movimento Olímpico, o COB entende tratar-se de produção intelectual e, portanto, que seu conteúdo não fere os direitos do Comitê Olímpico Internacional, cuja proteção no território nacional cabe ao COB.

 Diante do exposto, o COB autoriza a publicação e a circulação do livro “Esporte, Educação e Valores Olímpicos”, tal como se encontra nas livrarias à disposição do público.

 Comitê Olímpico Brasileiro

 

Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 5 de Fevereiro de 2010 às 22:53.

Poxa, JoaoZinho... logo agora que publiquei em meu Blog http://colunas.imirante.com/leopoldovaz/ os teus comentários e comecei uma campanha de desobediencia civil, aqui no Maranhão? todos os meus dois leitores - minha mulher e minha filha não contam... - ainda nem se manifestaram se aderem ou não á campanha que lançou...

Nem comecei e o COB já arreglou???

Leopoldo

Por Katia Rubio
em 8 de Fevereiro de 2010 às 11:24.

Joãzinho querido e todos aqueles que aqui se manifestaram. Hoje, já de alma lavada, faço um balanço de tudo o que ocorreu e vejo quanta coisa positiva ficou para todos nós. Primeiro, passei a participar mais ativamente das listas do cev. Eu não o fazia por pura incompetência, mas agora já começo a me deslocar nos meios eletrônicos. Ganhei um blog aqui no cev!!!! Agora passo a me manifestar com frequência. Mas não sou egoista para ver apenas os ganhos pessoais. Ganhamos todos em âmbito coletivo e institucional. O COB voltou atrás porque foi pressionado. E não foi pressionado por poucos não. Foram centenas de mensagens do Brasil e do mundo. Muita gente mandou com cópia oculta para mim. Sabe o que isso significa??? Lembra dos Saltimbancos??? Todos juntos somos fortes não há nada a temer". Se aproveitarmos essa situação para manter essa chama acesa, e não é da tocha OLIMPICA, podemos comprar outras tantas brigas que valem a pena. Sou muito grata a ti e a todos aqueles que vieram pra briga, que sairam do muro e que vêem a vida melhor no futuro.

Por Sílvia Mara Domingues de Morais Kniphoff
em 8 de Fevereiro de 2010 às 11:53.

Olá João, Kátia...

Adorei tua iniciativa João, acho que todos devemos cuidar e ajudar uns aos outros quando o assunto se refere a estudos e pesquisas sérias de nossa área.

Kátia não deixe de realizar tuas pesquisas e não deixe que tuas palavras, nossas palavras brasileiras, sejam caladas quando e principalmente você tem sapiencia sobre o que se refere. E concordo quando no teu comentário diz que não foi só você que ganhou essa peleia, mas sim todos nós "MALUCOS" que gostamos de nossa área de atuação e adoramos estudar e pesquisar sobre ela.

Grande abraço aos dois

Sílvia Mara D Morais Kniphoff/Porto Alegre

Por João Batista Freire
em 9 de Fevereiro de 2010 às 11:31.

Querida Kátia e demais amigos:

As Olimpíadas são um patrimônio da humanidade. A língua portuguesa é um patrimônio dos povos de língua portuguesa. Creio que feridos fomos nós, os de língua portuguesa, subitamente lesados por um grupo que, por ser do esporte, acredita estar acima da lei e da ética. Claro que o Comitê Olímpico Brasileiro voltou atrás porque sentiu a pressão. Caso prosseguissem no assalto praticado à língua portuguesa, caberia uma ação pública contra o COB. Um povo tem que defender, pelo menos, sua língua. O esporte, em todo o mundo, acredita que pode fazer suas leis à parte, como se não fizessem parte da sociedade. A FIFA e a CBF são mestras nisso. Que façam suas regras, porém, reportando-se às leis maiores.

Por Katia Rubio
em 9 de Fevereiro de 2010 às 11:44.

Joãizinho

Dê uma olhada na notícia abaixo. Vejo que um dos ganhos de toda essa confusão foi divulgar a importância de botarmos a boca no trombone, independente de alguns e algumas dizerem que fazemos isso para ganhar "projeção" e alavancar as vendas de nossos livros.

Ao virmos a público gritando com toda a força, mostramos aos outros que uma pouco de coragem não faz mal a ninguém... e de quebra, viramos jurisprudência


http://negociosdoesporte.blog.uol.com.br/arch2010-02-07_2010-02-13.html#2010_02-07_16_03_22-136381883-0


07/02/2010 McDonald’s "tira" hamburger das Olimpíadas!!!

Agora é para encerrar de vez qualquer discussão sobre até onde o COI quer expandir os seus tentáculos para preservar os seus direitos sobre os Jogos Olímpicos e também preservar o negócio de seus parceiros comerciais.

Ontem, sábado, o restaurante oficial dos povos aborígenes das Olimpíadas de Inverno de Vancouver, o Four Host First Nations, anunciou que mudou o nome de seu mais tradicional sanduíche no cardápio. O Bison Burger foi retirado do menu. Em seu lugar, o genérico "Sliders" para designar a iguaria.

A mudança beira o irracional. O fim do nome no cardápio foi para atender a um pedido do Comitê Organizador dos Jogos, que recebeu uma solicitação do McDonald’s, patrocinador das Olimpíadas, para que só ele pudesse, dentro dos restaurantes oficiais dos Jogos, usar o termo "hamburger" para designar seu sanduíche.

Sim, chegou-se a esse ponto. Nem mesmo o hamburger pode ser usado por "ferir" os direitos dos patrocinadores das Olimpíadas

Se o objetivo do McDonald’s era "minar" o concorrente, provavelmente o tiro saiu pela culatra. Agora a curiosidade pelo tal hamburger de bisão aumentou. E os "Sliders" do primeiro restaurante destinado a um povo local de Jogos Olímpicos deverão começar a sair como um Big Mac do cardápio...

Como já dito por aqui desde a tentativa de proibir o uso do termo "olímpicos" num livro, o COI tem todo o direito de preservar os Jogos que ele organiza. Mas não dá para ser tão radical.

Por Erich Beting às 16h03

Por Marcilio Krieger
em 9 de Fevereiro de 2010 às 12:37.

Pessoas,

há uma diferença brutal entre as atitudes da FIFA e as do COB  no que se refere ao uso de nome, marca, simbolo de produtos protegidos pelo registro.

Uma coisa é utilizá-los para fins comerciais, com objetivo de lucro. Outro, bem diferente, é a sua utilização cultural como o fez a Profª Kátia.

Vejam esta informação dos repreentantes da FIFA sobre o tema: "  SÃO PAULO - Mesmo em caso de aceitação de um registro de marca pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), empresas que não forem patrocinadoras oficiais da Copa do Mundo devem prestar atenção para uma possível infração ao direito de uso da marca concedido apenas àquelas que participam oficialmente do maior evento esportivo do mundo. É o que explica o advogado da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI) no Brasil para assuntos relativos à Propriedade Intelectual, Pedro Bhering, do Bhering Advogados.

"O marketing de emboscada, como é chamada essa publicidade, representa uma das maiores preocupações da Fifa com relação à Copa do Mundo em 2014 no Brasil, já que aqui não existe legislação específica sobre esse assunto", comentou. "O INPI pode até barrar o registro por entender que colidem com a da Fifa, mas ainda assim mantemos a vigilância".

Isso porque, com a proximidade da Copa do Mundo, empresas não autorizadas tentam associar seus produtos ou serviços a imagens da taça do mundo, à expressão "Copa do Mundo", ou a outras marcas e símbolos registrados da Fifa. Além disso, depositam junto ao INPI variações relativas às marcas Fifa, na tentativa de associar suas marcas e projetos à Fifa ou à Copa do Mundo. No entanto, apesar de ter os instrumentos necessários para alegar às empresas o uso indevido da marca ou concorrência desleal, o defensor da Fifa explica que o primeiro - e certeiro - passo é o acordo.

"Antes de apresentarmos procedimentos administrativos junto ao INPI ou mesmo na esfera judicial, procuramos as empresas para mostrar que elas não podem utilizar tais tipos de artifícios. Caso não concordem, então tomamos as medidas administrativas ou judiciais", disse o advogado que, desde 1990 quando começou a atuar pela Fifa, não precisou levar nenhuma empresa aos bancos dos réus. "Nossa estratégia é conscientizar para evitar o litígio".

Para se ter uma ideia, só em janeiro deste ano 21 empresas foram procuradas pela Fifa por esse motivo. Dessas, cerca de 15 já fizeram acordo, dentre elas empresas dos setores de telecomunicações, promoção, eventos, varejo, restaurantes, assessoria empresarial, dentre outros segmentos.

"A marca é um ativo econômico da Fifa. Só para citar um exemplo, na semana passada, no Rio de Janeiro, uma grande empresa do setor imobiliário foi acionada por nós porque usou o tema relacionado à Copa de 2014. A empresa foi alertada, se desculpou e retirou do ar a propaganda", ressaltou Pedro Bhering. O advogado conta que, só na Copa da Alemanha, em 2006, a Fifa fez 60 acordos com médias e grandes empresas entre outubro de 2005 e maio de 2006. A movimentação para associar as marcas à Copa de 2010, na África do Sul, é grande, mas pode aumentar mais em 2014, quando o Brasil sedia o evento. "Estamos fazendo acordos para o evento no Brasil porque já existem empresas que buscam associar sua marca à Copa".

As marcas e símbolos da Fifa são de sua exclusiva propriedade, e registrados junto ao INPI. Desde 1978, a Fifa já depositou junto 571 pedidos de registro de marcas e imagens relacionadas a eventos esportivos que ela promove, organiza e realiza. A Fifa permite o uso de marcas e símbolos da Copa do Mundo em artigos ou notícias não-comerciais sobre a Copa do Mundo pela mídia, e o uso de marcas, símbolos e propriedades do evento e associação de atividades, produtos e serviços de empresas à Copa pelos parceiros e fornecedores oficiais da Fifa. O que ela não permite é o uso das marcas e símbolos por empresas não autorizadas, e a associação de marcas, produtos e serviços de empresas a marcas e símbolos que se referem à Copa.

"No evento da China, para se ter uma ideia, proibiram qualquer propaganda em um raio de 8 quilômetros dos estádios feitos com pessoas ’fantasiadas’ de marcas ou com carros de propagandas de não patrocinadores", salientou o defensor da Fifa, sinalizando que o mesmo procedimento pode ser adotado no Brasil em 2014.

Com a proximidade de uma Copa do Mundo, empresas não-autorizadas tentam associar seus produtos ou serviços a imagens da taça do mundo, à expressão "Copa do Mundo", ou a outras marcas e símbolos registrados da Fifa. Para evitar o uso indevido da marca por empresas que não patrocinam o evento, a Fifa faz um " trabalho de vigilância" em território nacional para evitar o uso de marcas e símbolos exclusivos seus.

"O marketing de emboscada, como é chamada essa publicidade, é uma das maiores preocupações da Fifa com relação à Copa do Mundo em 2014 no Brasil, já que aqui não existe legislação específica sobre esse assunto", comentou o advogado da Fifa e do Comitê Olímpico Internacional (COI) no Brasil para assuntos relativos a propriedade intelectual, Pedro Bhering. Ele conta que, mesmo em caso de aceitação de um registro de marca pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), empresas que não forem patrocinadoras oficiais devem prestar atenção a uma possível infração jurídica ao direito de uso da marca.

No entanto, apesar de ter os instrumentos necessários para alegar às empresas o uso indevido da marca ou concorrência desleal, o defensor da Fifa explica que o primeiro - e certeiro - passo é o acordo. "Antes de apresentarmos procedimentos administrativos junto ao INPI ou mesmo na esfera judicial, procuramos as empresas para mostrar que elas não podem utilizar tais tipos de artifício", disse o advogado.

Para se ter uma ideia, só em janeiro deste ano 21 empresas foram procuradas pela Fifa por esse motivo. Dessas, 15 já fizeram acordo."==========

A ganância de certos cartolas é incomensurável!!!!

Marcilio Krieger

Por João Batista Freire
em 10 de Fevereiro de 2010 às 10:18.

É Marcílio, o pessoal do COB bagunçou tudo. Claro que qualquer um de nós pode publicar em muitos lugares as palavras que se referem às olimpíadas; estão no dicionário. A gente não pode é se aproveitar dos eventos para faturar sem prestar contas, sem ter autorização, etc.


Para comentar, é necessário ser cadastrado no CEV fazer parte dessa comunidade.