Por Leopoldo Gil Dulcio Vaz
em 23-09-2009, às 19h58.
Recebi correspondencia do Oliveira Ramos, jornalista aqui do Maranhão - como muito de nós, maranhense que por um descuido geográfico nasceu no Ceará - informando sobre uma postagem do ex-ministro Edson Vidigal sobre a Capoeira... e disse-me de seu Blog... http://www.jornalpequeno.com.br/Blog/OliveiraRamos/ o qual recomendo!!!! muitas histórias sobre os esportes, especialmente sobre o Futebol cearense e nortista... algumas pérolas sobre o futebol nacional... memoria de quem sabe escrever com humor e certeza dos fatos. Na realidade um cronista, como daqueles que não se fazem mais, do inicio de nossa imprensa...
Cearense, nascido em Pacajus, mas residindo em São Luís desde 1987 onde construiu família. É Jornalista Profissional com formação universitária no Rio de Janeiro, onde residiu por mais de duas décadas. Editor de Esportes Amadores do Jornal Pequeno há mais de uma década. Ex-Árbitro de Futebol da Federação Cearense de Futebol na década de 60 e da Federação Carioca de Futebol na década de 70. Torcedor do Botafogo, do Santos, do Atlético/MG, do Ceará Sporting Club e do Maranhão Atlético Clube. Saudosista do futebol praticado por craques. Crítico ferrenho número um das cretinices praticadas no futebol e da incompetência de dirigentes que se locupletam e se aproveitam da mídia esportiva para se promoverem:
Paraíba – o único bicampeão brasileiro invicto, Moto Club – sempre surpreendente, Myreia Luís – a Deusa mundial do Voleibol, Começam reuniões de trabalho com grupos das sedes da Copa do Mundo de 2014 são algumjas de suas postagens recentes...
Upa Neguinho! http://www.edsonvidigal.com/
A capoeira ficou mais conhecida como uma luta corporal dos escravos recém libertados, sempre na defensiva porque a liberdade em si não lhes garantia direitos como, por exemplo, o de não serem molestados fisicamente.
A Bahia, com mestre Pastinha, ficou famosa como um grande centro de estudos da capoeira. De luta corporal virou coreografia, atividade física, ginástica recomendável também para a mente.
Não se sabe ainda exatamente porque Cingapura, grande potencia econômica na Ásia e de costumes morais rígidos, se transformou num dos mais importantes centros do mundo em estudos de capoeira.
O que se sabe agora é que um servidor do Senado foi mandado para Cingapura para fazer um curso de capoeira.
Outro foi mandado para o Havaí. Estudar em inglês.
Comentários
Por
Marcilio Krieger
em 25 de Setembro de 2009 às 00:35.
Gostei das anotações e aproeito para dizer que, ao meu entender, o desporto é ótima fonte para um aprendizado de cultura geral - ou específica, até.
Milhões de brasileiros (e fiquemos apenas entre nós, prá começar) embora mal-e-mal falem português, conhecem diversas palavras em inglês.
E o mais interessante é que fazem delas uso apropriado. Por exemplo: gol; corner; pênalty; back ( que se pronuncia béque); faul (cuja pronúncia corrente é falta), e outras mais.
Quando esse pessoal gostar mais de vôlei, de basquete, de tênis, de box, de futsal e outras modalidades ainda menos votadas, aí sim teremos um povo verdadeiramente multilingue.
POR LO TANTO, QUE VENGAM LOS JUEGOS OLÍMPICOS!
Tio Totonho
Por
Roberto Affonso Pimentel
em 25 de Setembro de 2009 às 10:31.
Perdoem-me a intromissão, mas diante do último comentário não posso me calar. Dada a profusão de comentários bastante esclarecedores e oportunos sobre a história do esporte no Maranhão, peço permissão para registrar a Apresentação de um trabalho que acabo de finalisar e em breve deverá ser editado. Trata-se da História do Voleibol no Brasil no século XX, dividida em dois volumes: o primeiro trata do voleibol no Rio de Janeiro desde o final da década de 30; o segundo, um acompanhamento das seleções brasileiras. Num e outro volume acrescento artigos e comentários sobre assuntos pertinentes, como Evolução das Regras, Uniformes, as Competições Internacionais, o Volei de Praia, o Nascimento do Minivoleibol no Brasil etc., além de farta documentação fotográfica.
A apresentação foi feita por Arlindo Lopes Corrêa, ex-presidente do MOBRAL, atleta da seleção brasileira presente ao Pan-Americano de Chicago (1959) e, como poderão ver, meu amigo.
Nos últimos anos tenho acompanhado Roberto Pimentel em seu esforço hercúleo e persistente para escrever a “História do Voleibol no Brasil”. São já muitas horas gastas e incontáveis quilômetros percorridos em busca de qualquer detalhe que possa iluminar a trajetória histórica do voleibol brasileiro. Seja aquela entrevista com um velho praticante do esporte e o contacto com seu precioso material ou o encontro com quem possa revelar novas fontes de consulta ainda inéditas, Roberto lá está presente, incansável. Como faz, também, as inevitáveis peregrinações a clubes, entidades, revistas e jornais, perseguindo mistérios ainda não explorados de aspectos importantes dessa sua grande paixão.
Paixão! Essa é a palavra-chave... O trabalho enciclopédico de Roberto Pimentel e todo sacrifício pessoal que implicou só foram possíveis e se explicam por uma paixão profunda do autor pelo voleibol, esporte no qual foi exímio praticante, excelente técnico, professor dedicado e agora o seu mais completo memorialista.
Roberto Pimentel, pioneiro do minivoleibol no Brasil, é de uma geração abnegada do voleibol nacional, à qual tive a honra de pertencer e que conseguiu importantes conquistas, consolidando-o internamente como segundo esporte brasileiro e projetando-o internacionalmente, pela incontestável hegemonia nas Américas. A nível mundial, as equipes brasileiras jogavam então em desvantagem apenas contra aqueles países – principalmente comunistas – que praticavam um profissionalismo ostensivo, assegurando aos atletas carreiras forjadas artificialmente nas Forças Armadas ou no serviço público em geral. Mas as equipes dos nossos tempos – ao contrário de outras mais recentes, que se pavoneiam de grandes feitos – nossas equipes nunca perderam para Cuba ou Argentina e a nível pan-americano só eram rivalizadas pelos Estados Unidos. Tais conquistas eram plenamente condizentes com as características da época, na qual nosso voleibol era amador, financiado pelos próprios atletas e suas famílias e desse modo restrito à classe média, uma parcela ainda reduzida da população. E mais importante: a prática esportiva competia com nossas carreiras profissionais, decisivas para o nosso futuro. Seletivo pela renda, o voleibol também estava longe de aproveitar todo o potencial demográfico brasileiro, de onde deriva, hoje, aliada à boa gestão, sua grande riqueza de talentos.
É importante lembrar, igualmente, que foram alguns jogadores de voleibol dessa geração pioneira, bem preparados intelectualmente, que afinal galgaram as posições de comando do esporte e lhe deram essa gestão de excelência e a formatação adequada, transformando o Brasil em potência hegemônica em nível mundial.
O voleibol – como a leitura do trabalho de Roberto Pimentel mostrará – teve uma evolução natural, sem descontinuidades, desde o surgimento de sua prática em nosso País, galgando etapas de complexidade crescente. Nasceu em ambientes restritos, provincianos mesmo, experimentando gradualmente novos terrenos, com uma visão cosmopolita que desaguou no profissionalismo, única solução exequível para vencer as competições mundiais.
Nada escapou ao enciclopedista do voleibol, como se deduzirá da leitura desta obra de referência, da qual todos esperamos que Roberto Pimentel faça derivar livros mais leves e que serão dirigidos ao grande público. Mas não há o que lamentar nessa postura do autor e sim o que louvar. Porque, coerente, Roberto fez seu trabalho como nossa geração praticou o esporte: com grande amor e com o exclusivo interesse de nos superarmos a nós mesmos, de ultrapassarmos nossas limitações físicas e psicológicas. Afinal, é essa posição filosófica diante da vida que confere uma insubstituível dimensão ética à atividade humana em sua passagem pelo mundo.
Arlindo Lopes Corrêa.
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