Cevnautas do Circo,

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Ganhadores do Prêmio Bunge destacam relevância das artes circenses para a cultura
24 de setembro de 2014
Por Diego Freire
Agência FAPESP – A FAPESP recebeu, na terça-feira (23/09), os ganhadores da mais recente edição do Prêmio Fundação Bunge na área de Artes em um debate sobre medidas de incentivo às artes circenses no Brasil.

O objetivo do encontro, promovido pelas duas fundações, foi discutir estratégias para “unir governo, academia e a sociedade em geral na viabilização de políticas de profissionalização, justa remuneração profissional e aprimoramento da gestão das iniciativas circenses”, de acordo com Eduardo Moacyr Krieger, vice-presidente da FAPESP.

Além dos premiados e de representantes da FAPESP e da Fundação Bunge, o encontro teve a participação do secretário da Cultura do Estado de São Paulo, Marcelo Araújo.

Segundo pesquisa sobre hábitos e demandas culturais da população brasileira realizada pelo Serviço Social do Comércio (Sesc) com a Fundação Perseu Abramo, foi por meio do circo que a maioria dos brasileiros teve contato com a arte pela primeira vez.

Para Araújo, o levantamento evidencia a relevância das artes circenses para a cultura nacional. “É preciso dialogar amplamente com os profissionais da área sobre como atender as demandas do setor e fortalecer o circo como espaço privilegiado de expressão cultural”, disse o secretário à Agência FAPESP.

Hugo Possolo, ganhador do Prêmio Fundação Bunge na categoria Vida e Obra e um dos fundadores do grupo teatral Parlapatões, defendeu, durante o encontro, mais investimentos em formação. “Mas em diversos aspectos, desde a transmissão do conhecimento à infraestrutura do circo no Brasil, que está precária”, disse.

O artista propõe a criação de um espaço de referência para o circo em São Paulo. “É preciso empreender nesse sentido, para que se desenvolva na cidade, que já é referência mundial em diversas artes, especialmente na América Latina, um ambiente de fomentação das artes circenses.”

Possolo é capixaba e graduado em jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero, em São Paulo. Foi repórter de Economia e ilustrador e diretor de arte de publicação para crianças. O interesse pelo teatro, que praticava desde a adolescência, levou-o à Escola de Circo Picadeiro, onde deu início à sua trajetória como palhaço.

Premiada na categoria Juventude, Luana Tamaoki Serrat, instrutora de circo e diretora da Cia Fulanas de Circo e da Cia Luana Serrat, também destacou a importância do investimento em escolas circenses para o fortalecimento e a continuidade da arte no Brasil.

“Cresci brincando de circo e não sei bem ao certo em que momento a brincadeira foi se profissionalizando. É preciso investir em formação e na estrutura das escolas para que outras pessoas tenham oportunidades como as que eu tive”, disse.

Serrat nasceu em 1981, em São Paulo, onde seus pais cursavam a primeira escola de circo do Brasil, a Academia Piolin de Artes Circenses, e integravam o grupo Tapete Mágico. Pouco tempo depois o casal se mudou para Salvador, na Bahia, onde fundou a Escola Picolino – pioneira escola circense do Nordeste e a quarta mais antiga do País.

Serrat graduou-se em Artes Cênicas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA) e em Instrução Circense pela Picolino, onde dá aulas de tecido acrobático e é coordenadora artística. Em 2007, montou com cinco amigas a Fulanas Cia de Circo. Em 2011, criou a Cia Luana Serrat.

Cientistas e artistas

“Nos espaços de convívio humano, o artista circense promove construções, não apenas transferências. O que um artista faz é transformar esses espaços em momentos de intimidade, onde todos constroem juntos encantamentos e convívios”, disse Jacques Marcovitch, presidente da Fundação Bunge.

Marcovitch apontou semelhanças entre a formação do artista circense e a do pesquisador científico. “Pesquisador e artista são profissionais que precisam sempre trilhar caminhos novos para ir de encontro à realidade, desvendando como ela se desenvolve”, disse.

Possolo chamou a atenção para a importância da aproximação entre ciência e cultura. “No contexto do circo a interação entre pesquisa e produção artística é importante não só para fins de registro histórico, mas para que novas perspectivas sejam apontadas.”

Para ele, é necessário incentivar a pesquisa também no meio circense. “As dificuldades acabam obrigando o artista a se dedicar a formas alternativas de obtenção de renda, como o comércio no entorno do circo, o que inviabiliza uma investigação artística mais profunda.”

Para a artista plástica Maria Bonomi, conselheira da Fundação Bunge, trata-se de um potencial de pesquisa que precisa ser explorado. “O circo é um espaço seminal da cultura e a premiação joga luz sobre essas questões, que precisam ser discutidas. As artes circenses englobam diversas expressões artísticas, como dança e atuação, e cuidando do circo estaremos cuidando de todas elas. Plantamos algumas sementes aqui”, disse, referindo-se ao encontro na FAPESP.

Também participaram das discussões Celso Lafer, presidente da FAPESP; Joaquim José de Camargo Engler, diretor administrativo da FAPESP; Claudia Calais, diretora executiva da Fundação Bunge; Ruy Altenfelder, curador do Prêmio Fundação Bunge; Verônica Tamaoki, do Centro de Memória do Circo; Bel Toledo, da Cooperativa Brasileira de Circo; Camilo Torres, da Associação Brasileira do Circo; e Carolina Garcez, do Sesc, entre outros representantes de instituições de ensino e pesquisa, autoridades e artistas.

Mais informações sobre o Prêmio Fundação Bunge e os laureados desta edição em www.fundacaobunge.org.br/projetos/premio-fundacao-bunge.

FONTE:  http://agencia.fapesp.br/ganhadores_do_premio_bunge_destacam_relevancia_das_artes_circenses_para_a_cultura/19877/

Comentários

Por Monica C. M. Souza
em 24 de Setembro de 2014 às 09:53.

Caro Laércio

Vocês são RÍDICULOS!!! Deveriam ter vergonha na cara e mais ética profissional isso sim!!! O prêmio é para a área e ARTES!!! Não tem nada a ver com a área da Educação Física!!!

Desde quando tentar se passar de forma ENGANOSA por profissional / professores de outras áreas é motivo para se orgulhar?? P/ mim isso é FALTA de ÉTICA pura!!! 

Profissional de Educação Física NÃO é Profissional de Artes e muito menos Artista. Portanto pare de tentar forçar a barra. Sei muito bem que o interesse de vocês é puramente político mercadológico!!! Não adianta o Sr. querer defender isso aqui!!!

 Tenha mais respeito com os Profissionais da área de Artes Cênicas e outras áreas!!!! Desde o início venho denunciando que alguns profissionais de educação física ANTI-ÉTICOS daqui estão defendendo a  USUPAÇÃO das competências  dos profissionais da área Artes em geral, para se promover de forma enganosa e beneficiar politicamente os profissionais de Educação Física tentando descredibilizar  principalmente os profissionais de Artes Cênicas.

Me pergunto porque não vão Vão trabalhar na sua área que é Educação Física!!!??? Fazer um bom trabalho na sua área é que é motivo de orgulho. Querer se passar de forma ENGANOSA por profissionais de outra área não!!!   Respeitem os profissionais de Artes Cênicas!! Caso contrário vou começar a denunciar o sr e esse grupo em todos os congressos e entidades representativas da área de Artes Cênicas do país e exteriro!!! Por defender os interesses  político mercadológicos do CREF e CONFEF e incentivar que profissionais de educação física USURPEM as competências dos artistas e profissionais de artes e se passem de forma ENGANOSA por Profissionais e Profesores de Artes Cênicas é VERGONHOSO!!!    Desde quando isso virou motivo de orgulho??? Era só o que faltava algué que diz ser professor ter esse tipo de atitude!!!   At

 

 

 

Por Monica C. M. Souza
em 24 de Setembro de 2014 às 09:56.

´Lembro  e aviso mais uma vez Sr. Laércio:

PARE DE TENTAR INCENTIVAR PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO FÍSICA A SE PASSAR DE FORMA ENGANOSA POR PROFISSIONAIS DA ÁREA DE ARTES!!! 

Se o Sr. não tem ética ou respeito com os profissionais de outras áreas. Sugiro que RESPEITE A LEI!!!

Por Laercio Elias Pereira
em 27 de Setembro de 2014 às 18:14.

Artista Mônica,

Você não conseguiu entender ainda que o CEV não é só de Educação Física? Temos entre os 38 mil cevnautas Arquitetos, Advogados, Médicos, Fisioterapeutas, Biólogos, Geneticistas, Psicólogos, Sociólogos, Artistas (como você), Atletas, Antropólogos, Profissionais de Educação Física, Socorristas, Psiquiatras...

Vai ser preciso desenhar?

Laercio


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