Algum dirigente presente que tenha algo a acrescentar à questão da Educação Física Escolar numa época em que o Esporte se apresenta com tanta importância ao país?

Afinal na próxima década estaremos vivendo 5 mega eventos.........

Comentários

Por Daniel Marangon Duffles Teixeira
em 10 de Novembro de 2009 às 10:24.

O tema é fundamental e a discussão é urgente! Se não discutirmos agora, discutiremos após os eventos e as oportunidades passadas...? Será como o Pan do Rio, discutir o legado dos jogos depois que eles já terminaram. Qual o papel da Educação Física escolar em relação aos mega eventos esportivos a serem realizados no país? Reflexão, negação ou servidão?

Cordialmente!

Daniel Marangon

Por Margareth Anderáos
em 10 de Novembro de 2009 às 15:25.

Caro Daniel

Primeiramente gostaria de saber de onde vc é e qual faculdade coordena. Melhor conhecermos nossos pares não?

Não creio que seja uma questão de negar ou ser servil.

Acho que as cabeças pensantes da área devem se manifestar e encontrar um lugar confortável e adequado para essa questão.

Sou conselheira federal e essa questão faz parte das nossas discussões. Acredito que possamos argumentar à respeito de nossas convicções e encontrar o espaço para a educação física escolar que tanto carece disso.

O Esporte, esse maravilhoso fenômeno que une os povos parece que já tem lugar definido.

E agora? O que faremos para que os nossos políticos trabalhem em função de construir políticas públicas para a educação física, o esporte educacional, a busca de talentos esportivos e o esporte de alto rendimento?

Concordo com vc sobre o Pan. Sei bem que o Brasil é o país do improviso, mas agora não vai funcionar !

Ano que vem...eleições!!!! É a hora de buscarmos votar em quem realmente merece confiança! Quem mesmo?

Que dificuldade!

Vamos à luta e incentivar mais dirigentes a participar desse movimento!

Sou coordenadora da FEFISA - Faculdades Integradas de Santo André - São Paulo.

Há anos luto pela profissão e não vejo nada mais importante do que realizarmos um bom trabalho na escola por onde todas as crianças passam e é alí que poderemos estimular nelas o gosto pela atividade física.

O Brasil jamais investiu em políticas públicas para o esporte !As educacionais têm deixado a desejar......

Seria esse um momento de muda de paradigma?

Educadores sonham com mudanças e jamais perdem a esperança!

Abraço

Margareth Anderáos

Por Moysés de Souza Filho
em 10 de Novembro de 2009 às 15:58.

Caro Daniel e Margareth.

Nem só de sonhos e de esperanças vivem os educadores. precisamos de ação, de condições de trabalho e de reconhecimento social da nossa profissão.

Também não creio que o voto mude algo nessa sociedade viciada pela corrupção.

A questão é como a Educação Física representada pelos dirigentes dos conselhos irá se posicionar acerca da realidade que está posta.

Copa do mundo, Olimpíadas num país que nunca valorizou a Educação Física e os Esportes.Onde as questões sociais cronicas nunca foram resolvidas.

Reletir, criticar e ponderar são posturas que devemos ter em nossas práticas pedagógicas, agora mais do que nunca.

Não serão esses eventos que mudaram a realidade de nossa Educação Fisica Escolar e o nosso esporte.

Somos nós, unidos, que poderemos alterar o quadro da nossa área profissional.

Isolados, só temos a perder. Virtualmente, só conseguiremos debater.

Abraços, Moysés. Professor de EFE do IFRN.

Por João Omar Gambinï
em 11 de Novembro de 2009 às 22:02.

Não coordenador de curso universitário, mas como gerente adjunto de uma unidade do SESC em São José dos Campos, São Paulo e como Conselheiro do CREF4SP, penso que o poder de mudar o estado das coisas na educação física escolar e no esporte educacional estão em boa parte na formação dos profissionais de educação física e principalmente, na formação política de profissionais. Se queremos engajamento como o Prof Moises diz, precisamos de gente engajada na política profissional e por ela articular mudanças locais, bagunçar a vida dos dirigentes com demandas dos alunos por mais tempo de aula, material, conteúdo e a valorização que toda essa gente, coisas e conhecimento merecem.

Como Conselheiros que somos eu e a MArgareth, penso que devemos sim forçar para que as leis sejam cumpridas e mais gente séria ocupe cargos determinantes em todas as instâncias. A luta é longa e árdua.

Não é o COB que dita a política de educação física escolar, e hoje, por tudo o que foi divulgado, parece que nem sairemos do zero absoluto. Todos os dirigentes dizem precisamos nos reunir para traçar planos, pasme, entramos no jogo sem saber jogar... é muita galhofa.

A verdade é que há muito dinheiro em jogo antes da copa do mundo e do jogos olimpicos, contudo, depois que o dinheiro for distribuído de quem será a culpa pela não conquista de medalhas e troféus... advinhem, claro, dos atletas, técnicos e equipes, ou vcs acham que será de algum dirigente que ao final fará uma haraquiri assumindo a culpa pela própria incompetência.

Volto a dizer, temos que orientar nos alunos e os alunos desses alunos para que estes instiguem seus pais a peitarem o poder constituído e assim conseguir mudar o status quo.

A força da união está na sua capacidade de produzir movimento.

Desculpem se escapei um pouco, mas semprei acreditei que a Universidade é um celeiro de muito movimento político e sinto que os cursos de educação física são muito calmos em relação à sua capacidade de contribuir para mudanças sociais.

Abraços, João Gambini.

Por Daniel Marangon Duffles Teixeira
em 12 de Novembro de 2009 às 10:50.

Prezados, pensei que o nosso perfil ficasse disponível para os demais integrantes do grupo, por isso não me identifiquei. Sou da Puc Minas. Minha reflexão passa pela necessidade das escolas construirem e implantarem projetos pedagógicos, pela urgência da construção de propostas pedagógicas de Educação Física e, dentro dessas, a proposta de ensino do esporte. Se esporte é conhecimento e está no contexto escolar, ele precisa ser ensinado. Precisa estar claro para o professor o que deve ser ensinado sobre o esporte, para superarmos a prática pela prática, desvinculada dos saberes.

Respeitosamente,

Daniel Marangon

Por Margareth Anderáos
em 12 de Novembro de 2009 às 20:21.

Caros Daniel, Moisés e querido amigo João

Que encontro bom esse nosso!

Temos preocupações similares e concordo com o João quando fala da responsabilidade dos gestores dos Cursos de Educação Física.

É extremamente triste assistir a Educação do nosso país ser tratada de maneira tão irresponsável e assistir o plano educacional atingir o objetivo traçado na época da ditadura militar - formar incompetentes dóceis -

A Educação Física têm sido deixada de lado.

Vai ser lembrada agora....mas de que forma? Espero que de modo responsável!

Há muito tempo que acreditamos que podemos facilitar o desenvolvimento das crianças, estimular o juízo moral, facilitar a socialização mas os cursos de formação apesar de se adequarem à legislação atual  não ultrapassam o paradigma do passado.

Acho que unidos podemos promover alterações e exigir a não mercantilização do ensino superior tão comum no nosso país.

Para isso é necessário o nosso movimento, a nossa união.

Abraços a todos e vamos chamando mais gestores e pessoas interessadas no tema  para o nosso papo que está ficando animado

Margareth Anderáos

Por Moysés de Souza Filho
em 12 de Novembro de 2009 às 20:52.

Prezados colegas, volto ao espaço de discussão satisfeito por saber que existem pessoas na nossa área interessadas em discutir a dimensão da Educação Física na Educação e formação de nossas crianças, jovens e adultos.

O processo de formação superior e a administração politica e social de nossa profissão precisam ser levados a sério.

Corremos o risco de nos proximos anos sermos engolidos pelo tsunami que irá se formar na midia em torno da "importancia do esporte" na sociedade, do" valor de uma medalha", da "superação dos problemas e da falta de condições de treinamento". Hoje mesmo assisti a uma reportagem sobre uma equipe que não tem nem uma quadra para treinar e o professor considerava que esta precarieade era o "combustivel que movia o ideal da equipe", e olha que é uma competição do "alto nivel nacional".

Há tempos, vemos o esporte como se fosse a matriz teórica da Educação Física, o ponto de referencia. Mas temos que perceber e informar a sociedade e aos nossos alunos que é justamente o contrário. A Educação Física deve conter todos os conhecimentos necessários a compreensão do que é o movimento humano, assim com a sua representatividade cultural, e o esporte É um desses conteúdos.

Criar espaços academicos, nos grupos de pesquisa, nas escolas, nos espaços comunitários, nas publicações cientificas, enfim ampliar a possibilidade de informação e questionar a postura dos dirigentes de todas as instituições diante do quadro político do espetáculo e da "superação" do individuo que começa a se formar em torno da Relação Educação Física x Esporte.

Abraços a todos e até breve.

Moysés Filho.

Por Margareth Anderáos
em 17 de Novembro de 2009 às 18:55.


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