Cevnautas Dirigentes, Vocês estão vendo essa onda da janela da sala de direção dos seus cursos e universidades que tratam da Educação Física? Laercio

Educação universitária tradicional: Tsunami à vista?

O World Economic Forum se reuniu há poucas semanas em Nova Iorque (ler notícia, em inglês) http://forumblog.org/2012/06/what-will-the-successful-university-of-the-future-look-like/
para debater sobre o futuro da educação online nas universidades.

Chegaram a conclusões relativamente conhecidas para quem está lendo sobre isso constantemente, mas um pouco catastróficas para que for pego de surpresa. Eles acreditam que há um “Tsunami” de mudanças vindo neste exato momento em direção à educação universitária tradicional e que esta será duramente afetada pelas tecnologias de informação e comunicação.

Algo mais ou menos parecido com o efeito dessas tecnologias sobre toda a indústria da mídia ao longo dos últimos 10 anos (cinema, música, televisão, jornal, revista, etc), que cada vez mais

Eu não acredito nessas catástrofes repentinas, então acho que tudo vai migrar pouco a pouco para um novo patamar de padrões educativos ao longo dos próximos 10 a 15 anos. Obviamente, os países mais conectados e com sociedades menos burocratizadas e hierarquizadas chegarão a estes novos padrões mais rapidamente (principalmente América do Norte e norte da Europa, para “variar”).

Para quem acompanha este blog, este post pode até parecer repetitivo, mas acho que valida o que vínhamos discutindo nas últimas semanas.

Bem, vamos às conclusões desse pessoal do WEF. Peguei o post original deles e fiz minha própria leitura sobre o assunto:

1) O processo já está em andamento: Essa mudança de padrão já foi iniciada e os jovens já estão naturalmente exigindo formas diferentes de aprender. A educação online já deixou de ser uma promessa e agora não é apenas aceita, mas também cada vez mais exigida pela sociedade.

2) A reputação está em franco crescimento: A reputação da educação online também está mudando, junto com as universidades que começam a oferecer experiências educativas de qualidade, algumas inclusive melhores do que as experiências puramente tradicionais.

Há um medo, porém: de que os conteúdos mais bacanas – jogos ou vídeos, por exemplo – se tornem mainstream (super adotados) rápido demais, fazendo com que a pluralidade de opiniões e formas de mostrar um assunto se torne limitada pela complexidade dos novos formatos (Imagine, por exemplo, quando quando as empresas de videogames começarem a entrar mais forte no mundo da educação? Quem vai poder competir com eles?)

E há uma grande oportunidade também: de que a educação online facilite o passo para a educação personalizada, onde cada aluno pode ter seus problemas individuais trabalhados, independentemente de sua idade ou aptidões.
O pensador de Rodin

O pensador de Rodin

Mas afinal, o que vai acontecer com as universidades? Sofrerão muita pressão nos preços, claramente, segundo eles. As pessoas não vão mais pagar simplesmente pela informação ou pelo diploma (como já discutimos) http://blogs.estadao.com.br/a-educacao-no-seculo-21/voce-tem-um-diploma-grande-coisa/

Pagarão por outros motivos que ainda não estão totalmente claros: Rede de contatos? Acesso direto ao mercado de trabalho (através de estágios)? Qualidade dos laboratórios, viagens e exercícios práticos?

Aquelas universidades caras e de elite continuarão existindo, pois sua reputação e recursos “intermináveis” permitirão que elas se adaptem ao novo ambiente educativo de uma maneira ou de outra.

O maior problema acontecerá com aquelas universidades menores, com poucos recursos ou pouca capacidade de adaptação. Elas acabarão perdendo seus alunos para aquelas universidades grandes que façam os cursos ficarem mais baratos ou para aquelas menores que façam um bom trabalho na educação semipresencial.

Para mim este futuro está bastante claro. E para você, ainda não?

FONTE: http://blogs.estadao.com.br/a-educacao-no-seculo-21/educacao-universitaria-tradicional-tsunami-a-vista/

Comentários

Por Roberto Affonso Pimentel
em 14 de Julho de 2012 às 09:33.

Laércio,

No ano passado frequentei um breve curso - Aspectos básicos do E-Learning, teoria e prática - ministrado pela professora americana Caroline Haythonthwaite, no IBICT, no Rio. Apresentou aspectos interessantes os quais você acentua acima, como os desafios e as resistências a este novo tipo de ensino. Acentuava ela que mudanças ensinam a "aprender juntos", pois podemos olhar e ver o que está acontecendo e acertar o que estamos errando. Permite-nos observar como estamos caminhando, realizar as mudanças necessárias e a faculdade de poder falar com muitos com o aprendizado ubíquo.

Como? a) Inicialmente, a Metodologia não requer a figura presencial do professor. b) Deverão se formar Polos Credenciados para atender locais remotos. c) Desenvolvimento do conceito de presença (virtual).

Nossos professores deverão estar "antenados" para se atualizar nesse aprendizado, inclusive com a absorção de experiências vindas de países que já trabalham nessa vertente. As tendências se referem à utilização dos recursos tecnológicos, combinados ao uso dos meios convencionais (experiência francesa); cursos de curta duração (experiência Pen State) e novos modelos de avaliação (experiência de Quebec).

A Educação a Distância se mantém ao longo da vida, ao contrário do que ocorre no ensino atual, reduz a importância do diploma e uma forma de observar o profissional da área. Assim, trata-se de uma educação permanente com a extinção do "ex-aluno" e permite que, no caso das universidades internacionais, tenham mais de 100 mil alunos, podendo se integrar umas às outras. 

A partir dessas informações, decidi-me por produzir um curso online para o ensino do voleibol e, por extensão, possível de ser focado para diversas modalidades segundo ligeiras alterações. Além da especialidade voleibol, insiro um curso de atualização da Metodologia e Pedagogia, completamente alijado do meio acadêmico. Contando histórias e relatando práticas, estamos conseguindo "alimentar" muitos famintos por tais conhecimentos. Na TI descortinam-se possibilidades múltiplas para as quais o Brasil ainda não está preparado, mas não vejo por quê adiarmos esse conceito de educação, especialmente em um país de dimensões continentais.

Penso ter dado o primeiro passo como pessoa física. Não pertenço a qualquer instituição e trabalho só. Todavia, nenhum curso a distância sobrevive sem a presença física do professor e, nesse mister, busco ter o apoio de uma entidade para produzir os Cursos Presenciais em diversos polos.

Peço a você e a todos os interessados que façam uma visita crítica ao site exclusivamente educacional (PREZI), onde estão colocadas as bases do programa que elaborei: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  Se preferirem comentem no blogue www.procrie.com.br/computacaonasnuvens/  O título foi o que me ocorreu para o momento do País: "Contributo ao Desenvolvimento do Voleibol... e, especialmente, para milhões de brasileirinhos".

Estarei aguardando-os!   


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