"Queremos acabar com a ideia de que o jovem é aluno. Ele é um criador e nós criamos ambientes criativos para que desenvolvam suas ideias". Essa frase é de Vinícius Faustini, um dos criadores da "Agência de Redes para a Juventude", organização que estimula o espírito empreendedor de jovens que vivem em favelas do Rio de Janeiro.

O que Vinícius diz, poucas universidades compreendem. É necessário estimular o espírito criativo dos jovens, não obrigá-los a passar por um sistema de ensino baseado na figura de um professor comandante, que coloca seus alunos à prova em avaliações enfadonhas, que pouco acrescentam à formação de valores. A matéria completa pode ser lida em http://bbc.in/xgvOCw

Comentários

Por Adriano Pires de Campos
em 19 de Janeiro de 2012 às 21:39.

O link original da matéria é http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2012/01/120118_favela_rio_projs_jc.shtml

Por Laercio Elias Pereira
em 20 de Janeiro de 2012 às 08:11.

Adriano, Cevnautas,

Tem a responsa do sistema de escolarização dominante no Bananão nas dificuldades desses projetos. Educação carcerária. É essa mania do século passado - a despeito dos trabalhos do Lauro de Oliveira Lima http://pt.wikipedia.org/wiki/Lauro_de_Oliveira_Lima  e, um pouco do Paulo Freire. O que os projetos fazem é considerar que os jovens são estudantes, não a-lunos, e devem pilotar das suas aprendizagens e iniciativas. Para aproveitar o termo "desencubadora de projetos", do lider Marco Vinicius Faustino: Desencubar é preciso.

Laercio

Por Roberto Affonso Pimentel
em 20 de Janeiro de 2012 às 08:54.

Adriano, 

Admiro sua coragem e empenho em mudar e favorecer o crescimento de nossos jovens. Todavia, bem sabe que é uma luta para décadas, pois frequenta o ambiente universitário. É bem possível que fora dele, no Terceiro Setor (Cevong) possamos atuar com mais liberdade e, por isto, com criatividade.

Atrevo-me a transcrever parte da Introdução do projeto que estarei encaminhando à Confederação Brasileira de Volley-Ball, realçando de imediato a necessidade de criarmos condições para que os jovens possam buscar soluções criativas em conjunto com os agentes educadores para preencher essa lacuna na Educação e na Formação esportiva dos brasileiros. Veja a seguir:

Parece que sabemos todos o que fazer, o problema é colocar em prática. (Domenico de Mais)

 

Nossa missão é buscar soluções criativas em conjunto com os agentes educadores para preencher esta lacuna na Educação e na Formação desportiva dos brasileiros. 

 

Pedagogia do erro

O inglês Ken Robinson, em palestra sobre Educação Empresarial nos orienta e alerta sobre a educação de nossos jovens: "As crianças têm em comum o risco. Se não sabem, tentam. Não receiam estar erradas. Concluímos que se não estivermos preparados para errar nunca conseguiremos nada de original. Quando adultas, a maior parte das crianças perde essa capacidade, ficam com receio de errar".  Por que é assim?

Ele ainda nos lembra o pensamento de Picasso, que teria dito certa vez: “todas as crianças nascem artistas. O problema é mantermo-nos artistas enquanto crescemos”. Não crescemos para a criatividade, afastamo-nos dela. Ou antes, somos educados para perdê-la.

 

-   E agora, como gerir nossas empresas e instituições?

 

Estigmatizamos os enganos e desenvolvemos sistemas de educação nacionais onde os erros constituem-se na pior coisa que podemos fazer. E o resultado é que educamos pessoas sem as suas capacidades criativas.

 

Gestão do conhecimento e inovação na Educação e nos Desportos

-    Como o Brasil pode melhorar?

-    O estímulo à criatividade é a razão do sucesso. Estimular a criatividade tanto no ensino fundamental quanto na iniciativa privada. (segue anexo o projeto Procrie)

 

VEJA nossa obra em busca de soluções e as perspectivas de crescimento, inclusive mundial, que depende de sua decisiva participação. Acesse http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/  e navegue pelas postagens em www.procrie.com.br/sumario/ 

 

Parabéns pelo tema que nos permite muito mais divagações. E percebam todos que o Procrie se aplica a qualquer desporto e instituição. Por que não tentar? Divulguem, pois são estas parceiras que poderão mover e incentivar nossos jovens na conquista de um mundo mais criativo.

Por Adriano Pires de Campos
em 20 de Janeiro de 2012 às 19:58.

Roberto,

Boa notícia saber que você está engajado nesse projeto junto à CBV, o PROCRIE é mesmo uma necessidade urgente para nosso cenário educacional, você pode até adicionar, como justificativa, essa matéria da BBC sobre os jovens empreendedores de favelas cariocas. Fora isso, é mesmo difícil imaginar que a atual estrutura universitária estimule o jovem de forma diferente da educação carcerária, como bem lembrou o Laércio. Mas é importante deixar balões de ensaio para mostrar que alguém pensava diferente em meio ao senso comum.

Laércio, valeu pelo link e pela lembrança do Lauro de Oliveira, foi com suas dicas que aprendi a conhecer sobre nomes da educação brasileira que universidade nenhuma me apresentou.

Abs,

Adriano

Por Edison Yamazaki
em 26 de Janeiro de 2012 às 23:17.

Adriano,

É preciso sim, discutir problemas relativos à educação. Tenho certeza de que é uma tarefa árdua, mas completamente necessária. O método de ensino atual, tendo como figura central o professor, tende a mudar se for encontrado uma maneira mais eficiente em proporcionar informações e formas de raciocínio. O problema é que não vejo mudanças significativas no curto prazo porque a nossa cultura é centrada num líder, como presidentes de corporações, sindicatos, clubes, etc. Quase nada em no Brasil é debatido e aberto para um grupo. Tudo é discutido e decidido por grupos reduzidíssimos ou solitariamente. Outra coisa é que damos demasiado valor à figura central. Por isso é que o SBT é do Silvio Santos, existem os programas do Faustão, Jô Soares, Luciano Huck, Gugu, etc. Todos alicerçados numa figura central, assim como é o professor para os seus alunos.

Na nossa área que é o esporte, as coisas são ainda piores. Os treinadores querem e precisam ser soberanos, tanto nas categorias de base como entre os profissionais. A imagem de um treinador presente e forte é usado até como um diferencial para o grupo. Basta ver o que fazem Felipe Scolari, Luxemburgo, Bernardinho, Murici,  etc.

Aqui onde atuo, a onipresença do professor é ainda mais acentuada. Eles são tratados como verdadeiros "deuses da sabedoria" e, muitas vezes, acabam se comportando como tal, fazendo valer as "suas verdades" a forceps.

Mesmo com todos esses entraves e dificuldades, acho que precisamos persistir em colocar em debate e posteriormente em prática uma educação mais participativa onde a criança possa manifestar sem medo seus sonhos e aspirações, e fazer com isso uma grande caminhada para um futuro melhor e mais justo.

Parabéns pela iniciativa ao debate.

Edison


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