Olha aí pessoal, fresquinho, saindo da forma o novo livro do Raulito, nosso colega da Educação Física. O nome é "Opereta Animal". Simplesmente maravilhoso, com história, letras e músicas do Raulito, ilustração do Cid e arranjos do Beto Quadros. Acompanha um CD. Já abiscoitou um prêmio no Concurso de Apoio a projetos de difusão da literatura e edição pelo autor da obra literária do governo do Estado de S.Paulo. Foi impresso na Asseart Editora Gráfica Ltda. Uma palhinha:

Pombos

Nós, pombos, andorinhas, pardais

Libertários animais

Brincamos, cantamos, dançamos

Não queremos ser os tais

Nós, pombos, andorinhas, pardais

Nas praças, nos quintais

Alegramos criança, velho

Surdo, cego, moça, rapaz

Sinfonia de cores, sons, formas, movimentos

Somos mais que pós-modernos

Estamos sempre atentos

Às sementes, aos grãos, às mãos, à chuva, ao vento

Comentários

Por Darwin Ianuskiewtz
em 31 de Julho de 2009 às 19:17.

Faltou informar como compramos....e quanto pagamos...rsrs

[ ]s

Prof. Darwin

Por Roberto Affonso Pimentel
em 19 de Outubro de 2009 às 17:25.

Perdoe-me imiscuir-me no assunto e ao Professor João pelo tamanho do texto. Concordo plenamente com o João e discordo em parte do Maico. As universidades – pelo menos as que conheço no Rio – estão muito aquém de produzirem esse “conhecimento e embasamento teórico” aos seus acadêmicos. E vejam que falo não só em relação à Educação Física. Salvo em raríssimos casos, alastrou-se por todas as áreas do conhecimento. Formados, os novos profissionais são atirados no mercado sem a mais mínima capacitação, talvez até com a sensação de que sabem menos do que quando ingressaram na universidade. Cooptados para o mercado de trabalho não têm a quem recorrer e tornam-se presas fáceis do “sistema”, isto é, “faça como eu faço há 20 anos, pois tenho muita experiência” (ouvido até de diretores).

Como superar estas dificuldades, pergunta o colega Maico. Vejo que está disposto a trabalhar nesse sentido. O que deveria, então ser aconselhado? Inicialmente, o exemplo maior vem da Medicina e a sua Residência obrigatória. O profissional, por melhor que seja o seu curso superior, carece de um tempo para “amadurecer” seus conhecimentos e transformá-los em práticas saudáveis (qualquer área). Dessa forma, necessita de um “instrutor”, de outros cursos práticos, de um acompanhamento pedagógico, onde possa constatar (ou descortinar) caminhos do conhecimento na matéria e mais adiante, caminhar por suas próprias pernas. Teríamos então, uma Residência Pedagógica para a Educação Física. Mas quem bancaria esses cursos? A própria universidade, que seria cobrada pelo ensino que se propôs realizar. Na falta dela, caberá ao candidato a descobrir no mercado em quem se apoiar, ou nos seus cursos de formação continuada, ou em cursos diversos. Isto é, terá que se virar sozinho. Poderiam até criar uma associação... a exemplo dos Sem Terra, Sem Camisa, Sem Prática. (Desculpem-me a ironia)

Com quem aprender na PRÁTICA? O primeiro conselho apresso-me em oferecer de graça: “que não seja com seus ex-professores”. Seguindo, cuide-se para não cair nas armadilhas que a vida lhe impõe, pois em pouco tempo terá deixado de sonhar. Finalmente, reze para encontrar alguém que acredita que podemos mudar o sistema imposto pelos agentes educadores das universidades e seu corporativismo (até aos 70 anos, quando são jubilados). Essas figuras em extinção por incrível que pareça ainda existem. O João é uma prova disso. Aproveitem-no ao máximo

Muito distante dele, venho tentando seguir-lhe os passos. Criei um blog visando ajudar graciosamente a quem precisar. Um livro teria algumas  inconveniências e não há o contato. Sei que meus conhecimentos teóricos são poucos, mas tenho uma prática na área do voleibol invejável e comentada por muitas cabeças coroadas do País. A partir de minha dedicação em estudar pedagogia, percebi que muita coisa que fazia por pura intuição está nas entrelinhas das obras. Resolvi, então, fazer um pequeno exercício historiando minhas boas experiências alinhadas aos respectivos textos procurando não cansar o leitor. Assim, penso colocar Teoria e Prática no mesmo saco. Acrescento que tudo só foi  possível – além da intuição – com uma pequena dose de Criatividade que, para ser cultivada, é necessário muito desprendimento.

Coincidentemente um leitor desse CEV procurou-me para orientá-lo nas suas aulas de voleibol. Confirma que pouco sabe, pouco aprendeu e não tem condições. Mas apresentou-me a melhor opção de todas: “ele quer; ele acha que pode.” Assim, vou empenhar-me ao máximo nessa verdadeira cruzada e espero que com a difusão desse caso, outros tenham a coragem de segui-lo. Para quem precisar visite www.robertoapimentel.blogspot.com  Minha ideia é construir a seguir um site para consignar e compartilhar experiências em todo o Brasil e, quiçá, dentro de algum tempo, com uma universidade portuguesa.       

Roberto Pimentel.      

Por Maico Regis Silva
em 19 de Outubro de 2009 às 09:34.

Caro professor Freire, estou pesquisando sobre o tecnicismo como tendência da Educação Física, ou seja, sua continuidade/permanência na prática dos docentes.  Minha principal indagação é: - pro que apesar de tantos avanços nas tendências pedagógicas existe a continuidade/permanência desta prática na Educação Física atual? Qual a sua opinião sobre este assunto?

Por Gilvan Moreira
em 19 de Outubro de 2009 às 10:07.

Muito bom... e onde compramos?

Por João Batista Freire
em 19 de Outubro de 2009 às 11:22.

Darwin, Gilvan, o pior é que o Raulito não deixou nenhuma indicação de como comprar o livro. Deixo aqui o nome da editora: Asseart Editora e Grática Ltda, São José dos Campos.

Por João Batista Freire
em 19 de Outubro de 2009 às 11:25.

O Maico me pergunta sobre o tecnicismo na Educação Física. Sabe Maico, há umas coisas na Educação Física, que, infelizmente, apesar de tão arcaicas, continuam presentes. Uma delas é a quantidade de recursos para não dar aulas: chuva, frio, vento, sol, falta de material, exames médicos, etc. Outra é a enganação: jogar uma bola para os alunos jogarem Queimada ou Futebol sem orientação, mandar os alunos se organizarem como quiserem e jogar qualquer coisa. Outra realidade é a definição de conteúdos: a partir do sexto ano do Ensino Fundamental, há uma opção escandalosa por fazer, durante o ano letivo, quatro esportes: geralmente Basquete, Volei, Futebol e Handebol. E isso não muda até o último ano do Ensino Médio, sem que haja um crescimento em complexidade, sem que haja diferenças de série para série. Ou seja, o que predomina, em boa parte da Educação Física brasileira, não é o tecnicismo, é o relaxo.

Por Maico Regis Silva
em 19 de Outubro de 2009 às 12:44.

Professor FREIRE, então  os principais problemas da educação física são:

1-    Problemas de ordem organizacional: espaço, material etc.

2-    Problemas de ordem climáticos: chuva e outros, que também passa pelo planejamento/organização.

3-    Enganação: quando deixamos de cumprir nosso papel social.

4-    Escolha de conteúdos a partir do 6º ano.

5-    Relaxamento.

Como superar estas dificuldades culturais da Educação Física?  Pois vejo que tais atitudes não se fundamentam por falta de conhecimento, que seja no nível acadêmico, que seja na produção cientifica. Noto que temos muito embasamento teórico mais tudo fica na universidade, na prática passamos a repetir o que criticávamos na universidade.

Por Ivan Candido de Souza
em 21 de Outubro de 2009 às 09:55.

Tecnicismo x Relaxismo. Desculpe, não consegui resistir a tentação após ler o comentário do Professor João Freire.

Abraços.

Por João Batista Freire
em 27 de Outubro de 2009 às 16:09.

Queridos amigos: o grande Professor Ídico Luiz Peligrinotti, da Unimep de Piracicaba, ex da Unicamp, tempos atrás sugeriu a residência na Educação Física. Acontece que na Medicina, como em todo curso de bacharelado, ninguém sai pronto para clinicar. Qual o doido que deixaria um recém-formado em Medicina operar o coração de sua filha? O bacharelado ensina o conhecimento de uma área para os alunos. A partir daí eles precisam provar que podem ser profissionais: o exame da ordem dos advogados, a residência em Medicina, etc. A Educação Física é que acha que o sujeito sai pronto para exercer a profissão. Na licenciatura, supostamente sim; no bacharelado, não, a menos que esteja embutida no curso a preparação profissional séria, via estágios, residências, etc., como na Medicina.

Por Leandro Batista de Sousa
em 31 de Outubro de 2009 às 19:30.

Olá prof. João Batista, vc poderia encaminhar esta idéia diretamente ao prof.Jorge Steinhilber, esta sim é uma ação importante aos conselhos de qualquer profissão, com o status que vc tem dentro de nossa profissão, tenho certeza que muitos professores estaria de acordo com ações neste sentido..., aqui no estado de SP a secretaria estadual criou a escola de formação de professores na qual a partir do próximo concurso todos os professores passarão por um período de formação, para só depois iniciar as atividades m sala de aula...

Por João Batista Freire
em 2 de Novembro de 2009 às 10:46.

Essa iniciativa, no caso da Medicina, não é por causa do Conselho de Medicina. É uma tradição na Medicina, é um entendimento que eles têm de que um bacharel não sai pronto para exercer a profissão. Deveria ser assim em todas as formações. No caso da Educação Física, alguém acredita que depois de fazer os estágios supervisionados os alunos estão prontos para dar aulas? Em um ou outro caso sim, mas, na maioria, não.


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