Paro hoje para refletir. Como é difícil a implantação de esportes que fujam das práticas de futsal e vôlei. Não sou contrario a prática porem temos que ter algo que fuja do tradicional. Infelizmente a mídia nos impulsiona as práticas e simplesmente as acatamos. E infelizmente nem todos os profissionais trabalham o esporte em si, já que a maioria das vezes o futsal é promovido de forma lúdico recreativa, com o jovem utilizando o conhecimento que tem da rua. Espero que um dia as escolas (as que utilizam desse meio citado)se conscientizem e comecem a pensar mais nos alunos.

Comentários

Por José Nelson Muller
em 20 de Janeiro de 2014 às 09:51.

                Na verdade, não é so a prática de futsal ou volei. As instituições formadores de profissionais de Educação Física estão voltada pura e simplesmente para recreação. As crianças em idade de 1º ao 5º anos (fundamental), que variam em idades de seis a sete anos ao serem abordadas com outras disciplinas como matemática, português, historia, etc. Não são impulsionada a brincar, aprendem de fato o conteúdo das disciplinas, porem na Educação Física, participam com intuito de lazer, brincar, o tão falado ludico. Não entendo por que precisa de um individuo com tres ou quatro anos de formação academica para ensinar um criança brincar.

                 Estamos sendo desnecessário nas escolas, pois não precisa de adultos para ensinar crianças a brincar. O esporte no geral que pode ser implantado de forma educacional nas escolas esta sendo esquecido, o que aparece são professores que praticam recreação com alunos e isto deveria fazer parte de clubes de lazer e não de escolas.

                 Uma criança pode e deve ser iniciada com conhecimento esportivo quando entra na escola, sem nos acovardarmos com conversa de precocidade, pois se assim fosse, seria precoce a mesma aprender matemática (raciocinio lógico) ou qualquer outra disciplina. A educação Física no Brasil é uma grande farça, pois é aplicada como brincadeira. Sendo disciplina obrigatoria, deve ser ministrada com conteúdo e não com faz de conta. Com Educação Física não se brinca.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 20 de Janeiro de 2014 às 11:26.

Edwilson e José Nelson,

Como nos convida a refletir, peço licença para que conheçam o trabalho que desenvolvo há quase quatro anos sobre o tema em um sítio exclusivamente educacional - PREZI: http://prezi.com/9nhuhq5t7coh/procrie/

Nele há propostas de discussão sobre Educação Física e Desporto nas escolas e, especialmente, a formação e interesse dos professores influenciando a sua perticipação nas propostas pedagógicas escolares. Essa comunicação está contida na ferramenta de um blogue, o Procrie; www.procrie.com.br/ Através dele concitamos professores a darem seus depoimentos e contribuições, ou mesmo que participem "silenciosamente", como vem acontecendo no Brasil. Se tiverem paciência, vejam os resultados que o Google Analytics assinala.

Boas leituras. 

 

Por Edwilson Lemos Pereira
em 20 de Janeiro de 2014 às 15:18.

José Nelson

precisamos de mais profissionais como você na Educação Física, se a Educação Física for tratada com mais seriedade desde os anos iniciais, os alunos mais velhos não criarar muitas resistências a novos aprendizados, e irar facilitar mais ainda a vida dos profissionais que irar trabalhar a Educação Física na mesma escola.

Roberto Afonso

Todo conhecimento é bem vindo, obrigado por fornecer informações construtivas.

Por Rafael Alves
em 24 de Janeiro de 2014 às 03:11.

Olhamos para esse lado e podemos observar que seria necessário um curso de reciclagem para uma certa parcela dos professores de educação física que encontramos hoje em nosso país. Mas claro, outro tópico que devemos observar é que a educação física não é embasada, em certas escolas, como uma disciplina essencial para as crianças e jovens nos dias atuais. Dão preferência a matérias essencias(matemática, português, etc.) do que a própria educação física. Pedagogos, diretores e até mesmo os próprios pais não percebem que a educação física, sendo bem aplica, auxilia e muito para o autocontrole, a autonomia, a socialização, a cooperação, o respeito ás regras, o respeito as diferenças e limitações individuais, como também possibilita a transformação da criança e do jovem e a formação da personalidade e da cidadania.

Andamos a passos lentos para a implantação da educação física nas escolas, espero que um dia se concretize este quesito e assim espero um dia ouvir que, a sociedade brasileira foi benefiaciada com a educação física escolar no seu processo de crescimento na vida, tanto fisiológico, psicológico, social e cultural.

Por Roberto Affonso Pimentel
em 24 de Janeiro de 2014 às 17:34.

Rafael e demais professores,

         Um professor afeta a eternidade, ele nunca sabe em que ponto cessa a sua influência.

A frase é de Henry B. Adams nos alerta a duvidar muitas vezes de nossas próprias sensações, que nem sempre são verdadeiras, necessitando de melhor compreensão e experiências. Sua visão possivelmente está aplicada na sua história e realidade. Imagino que esteja vinculada à comunidade em que sempre viveu e, além disso, fortemente influenciada por diversos indivíduos, inclusive professores, tanto dos colégios pelos quais passou, como agora pelos bancos universitários. Aconteceu comigo.

Se estivermos a repetir continuadamente as mesmas receitas, é fácil se aperceber que, na prática, não daremos sequer um passo; estaremos a repetir e cometendo os mesmos erros. E nisto reside o primeiro degrau a vencer: passar da teoria pra a prática. Existe uma nova corrente metodológica que já é praticada por alguns poucos educadores e que apresenta resultados incríveis, embora à primeira vista possa parecer coisa do outro mundo, para olhares mais atentos são procedimentos simples e, por isso, eficientes. O mais incrível é que todo professor tem (ou deveria ter) conhecimento de metodologia e pedagogia atuais. Todavia, no dia a dia de suas aulas e treinamentos, muitos detalhes passam desapercebidos na quase totalidade. E o que se observa são procedimentos nada compatíveis com o que se contém na teoria. Particularmente, vejo duas causas que contribuem para este procedimento. A primeira, o descaso dos estudantes universitários com os conteúdos da Psicologia Pedagógica e Metodologia. E, em seguida, a influência nem sempre positiva de agentes e entidades desportivas nas respectivas modalidades. 

Vocês estão tocando em pontos de extrema sensibilidade, em que o apuro de técnicas metodológicas e pedagógicas somente são conquistados com anos de experiências e leituras (e Formação Continuada). O cerne do problema está na parte que cabe ao Mestre. E qual é esta parte? É preciso propor, mas não impor, porém é preciso propor à criança no momento oportuno, no momento em que ela estiver sensibilizada, pronta para receber. Aí está a parte do Mestre, parte delicada sem dúvida. “O que importa é o trabalho de tatear efetuado pela criança, muito mais do que a resultante desse trabalho (aquisição de habilidades motoras)”. Portanto, é um grave erro pedagógico querer acelerar os processos de aprendizagem por meio de uma ação intempestiva e invasora. “O papel do educador é o de suscitar, de favorecer as tentativas, os erros e o ajustamento, e não o de substituir o mecanismo particular educativo desse processo adaptativo por suas técnicas”. (Le Boulch). Recomendo a leitura do artigo www.procrie.com.br/teoriavs.pratica/ em que dou um depoimento comungando com a tese do Prof. João Crisóstomo intitulada “Volei vs. Volei”. Se alguém pretender ir mais fundo, leia sobre a teoria de desenvolvimento proximal, de Vygotsky.

Copo vivido - Avançando mais um pouco recomendo leituras sobre a importância dos exercícios de coordenação global, que consistem em colocar a criança em situação de busca diante de uma tarefa global e, através disso, encontrar um modo-resposta por meio de ajustamentos progressivos, permitindo assim a descoberta de uma nova praxia, isto é, um sistema de movimentos coordenados em função de um objetivo a ser atingido. Os jogos livres e as atividades de expressão, a experiência vivida do corpo em confronto com o objeto propicia o esboço da primeira maqueta do esquema corporal, garantindo uma destreza global do corpo em relação com o seu meio de comportamento. Durante o estágio do corpo vivido, é o meio quem fornece à criança matéria para a sua atividade de exploração. No decorrer dos estágios posteriores do desenvolvimento, a imaginação da criança lhe permite criar sozinha suas experiências durante os jogos de expressão. Contudo, ela corre o risco de se comprazer num mesmo tipo de atividade e de evitar o confronto com certos problemas. Logo, é importante que o adulto proponha um vasto leque de situações a fim de que a criança “tenha de descobrir ajustamentos diversos confrontando-se globalmente a essas situações”. Esta é uma etapa que requer muito do professor (interessado). Só depois de ultrapassado o primeiro estágio de estruturação do esquema corporal, o educador procurará a plasticidade de ajustamento.

Concluindo, “importa mais o tatear efetuado pela criança na fase de descoberta do que o resultado do trabalho”. É neste estágio do exercício que vão se estabelecer consciente e, sobretudo inconscientemente, associações entre os dados da situação proposta e a experiência pessoal da criança. Por conseguinte, é através de sua própria exploração que o sujeito compreende a situação nova e aprende a tratar as informações que resultam, e não por referência à experiência do professor que, em função disso, deve permanecer à parte. Por fim, precisamos que é através da prática dos jogos de expressão e talvez acima de tudo, dos exercícios de coordenação global que a lateralidade poderá estabilizar-se e afirmar-se.

Estou me preparando para realizar um vídeo em que trato dessas relações iniciais entre o professor e o aluno, seja criança ou adulto, mulher ou homem. Simultaneamente, procurarei identificar em meus artigos as observações teóricas que se desenrolam na prática (vídeo). Mas para maior aproveitamento, a sugestão é que leiam e observem mais sobre a aplicação prática da teoria que lhes foi apresentada no banco universitário. Vão descobrir outro mundo! Para tanto, inicialmente recomendo visita aos artigos postados em www.procrie.com.br/ . Vejam principalmente na Categoria Metodologia e Pedagogia. Ou entrem em contato.

Rafael.... o Procrie nada mais é do que um curso de Formação Continuada com resultados incríveis! Trata-se de Ensino a Distância, só carente de recursos para a realização de Cursos Práticos pelo Brasil. Veja no blogue os resultados já alcançados.

Boas leituras!      

Por Rafaela Silva Rezende
em 27 de Janeiro de 2014 às 23:07.

Creio que a Educação de um modo geral deve ser trata com mais respeito nesse país. A Educação Física nas escolas têm o foco nos esportes, em especial ao futsal. Mas hoje em dia é possível perceber uma leve mudança nesse sentido, professores, em sua maioria recém formados, tem inserido outras modalidades como o rugby, badminton, para quem sabe quebrar um pouco esse "monopólio" do esportes como o futsal.


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