A participação dos atletas militares no time Brasil, durante os Jogos Olímpicos Rio 2016, possibilitou a conquista de 13 do total de 19 medalhas brasileiras. Diante do resultado acima das metas anteriormente traçadas, representantes dos ministérios do Esporte e da Defesa asseguraram nesta terça-feira (4) a continuidade do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR).

“Temos como objetivo manter todos os programas de sucesso e aperfeiçoá-los”, afirmou o secretário de Alto Rendimento do Ministério do Esporte, Luiz Lima, destacando a necessidade de que esporte seja mais difundido pelas regiões do Brasil.

Dos 465 atletas que representaram o Brasil no Rio, 294 eram da região Sudeste, 73 da Sul, 51 da Nordeste, 21 da Centro-Oeste e apenas sete da Norte (os demais eram estrangeiros). “As Forças Armadas têm papel fundamental para a gente ter a chance de equilibrar esse número. Quando eu vejo três mil atletas na região Norte no programa Forças no Esporte, isso me enche de orgulho”, acrescentou Lima.

Para o Tenente Brigadeiro Ricardo Machado Vieira, secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, o encontro possibilita ressaltar os resultados alcançados por meio dos programas. “A audiência é uma oportunidade excelente não só para trazermos os atletas, mas também de nós virmos aqui falar dos nossos programas de alto rendimento e o Forças no Esporte, em que atendemos 21 mil crianças em todo o Brasil e que pretendemos ampliar a partir do ano que vem”, ressaltou.

O PAAR contempla hoje 27 modalidades olímpicas, mas, para Tóquio 2020, deverá passar por ajustes, já que cinco novos esportes foram incorporados ao programa dos Jogos: surfe, skate, beisebol, escalada e caratê.

“Já estamos refinando o planejamento para alcançar o próximo ciclo, com vistas aos Jogos Olímpicos de Tóquio e passando anteriormente pelos Jogos Mundiais Militares da China, em 2019. A gente pretende ampliar as metas”, adiantou o vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, presidente do Conselho Desportivo Militar do Brasil (CDMB) e diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa.

Meta superada

Para o Rio de Janeiro, a expectativa girava em torno da participação de 100 atletas militares e da conquista de 10 medalhas. Os dois números foram superados com a classificação de 145 atletas das Forças Armadas, que subiram 13 vezes ao pódio (cinco ouros, três pratas e quatro bronzes). No judô, por exemplo, os 14 representantes brasileiros são militares, sendo as mulheres da Marinha e os homens, do Exército.

Diferencial

Prata no vôlei de praia no Rio de Janeiro, ao lado da parceira Ágatha, Bárbara Seixas também destacou o incentivo recebido das Forças Armadas para a conquista do pódio olímpico. “Eu utilizei as instalações militares na Urca e posso dizer que isso foi um diferencial no nosso desempenho nos Jogos, pela excelente infraestrutura em todos os aspectos. Todas as nossas necessidades foram atendidas”, contou.

As Forças Armadas têm ainda outros três centros no Rio de Janeiro: o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan), a Universidade da Força Aérea (Unifa) e o reestruturado Complexo Esportivo de Deodoro, palco de disputas olímpicas. “As pessoas sempre colocaram para cima de mim a ideia de que não tem como ser atleta profissional no Brasil. Ao longo dos anos vi que é possível sim”, enfatizou Bernardo.

O programa

Criado em 2008 pelo Ministério da Defesa em parceria com o Ministério do Esporte, o PAAR tem o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em competições esportivas de alto rendimento. O alistamento é voluntário e os atletas selecionados são beneficiados com soldo, 13º salário, plano de saúde, férias, assistência médica e uso das instalações esportivas militares.

O programa conta hoje com 627 atletas de alto rendimento, a maioria composta por temporários, que permanecem nas Forças Armadas por oito anos. Segundo o vice-Almirante Paulo Martino Zuccaro, o Ministério da Defesa investe cerca de R$ 15 milhões por ano com o salário dos atletas militares e, aproximadamente, R$ 3 milhões anuais em competições e treinamentos.

Já o investimento do Ministério do Esporte, nos últimos cinco anos, foi de R$ 120 milhões em melhorias dos centros esportivos e de R$ 25 milhões no custeio e na participação dos atletas em competições.

Fonte:

http://www.brasil.gov.br/esporte/2016/10/programa-de-alto-rendimento-e-assegurado-pelos-ministerios-do-esporte-e-da-defesa

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